sábado, 17 de abril de 2010

CRÔNICA- HOMENAGEM A UMA ANJA CHAMADA ANGEL


Eu estava na minha diversão favorita: Velejar e Pescar, nessa brincadeira já estava em alto mar, quase pela costa do Maranhão. Além da tripulação, tinha levado um cozinheiro francês, amigo meu, que estava em busca de novos pratos pra seu bistrô em Lyon. Não sei ou não sabia a causa, mas essa noite prometia algo diferente. A minha cabeça já estava cansada de tanto me questionar sobre o que estava acontecendo ou o que iria acontecer.

Enquanto os questionamentos se embaralhavam em minha cabeça eu aproveitava os momentos deliciosos de tomar um champagne Veuve Cliquot, com numeração na própria garrafa, que delimitava sua própria produção. Ao mesmo tempo que me deliciava tomando tão precioso líquido, ouvia a música Clair de Lune/Debussy e aproveitava para apreciar a natureza tão linda, como ela estava. A noite parecia dia pelo banho que a lua dava ao ambiente. O céu estava todo estrelado.

De repente, muito mais que de repente, como diria Vinicius de Moraes, comecei a ver o céu resplandecente com imenso passeio de estrelas cruzando o meu campo visual. Uma delas era a mais bonita, era a maior e com maior intensidade de brilho; como também percebia que a cada círculo que ela dava em si mesmo e no ambiente calmo, apenas quebrado pelos acordes da maravilhosa música e de vez em quando, pela chegada momentânea do amigo Pierre trazendo alguma coisa para que eu degustasse e desse a nota ao merecido prato colocado em minha frente.

Se a música fosse apenas uma combinação de sons, não ocuparia um espaço tão grande na minha vida. Porque a música é uma janela do espírito, uma força capaz de envolver e transformar quem a ouve, ela nos acompanha em nossa caminhada pelo mundo.

Voltando ao circular das estelas, a mais bonita, a mais brilhosa, a mais radiante se aproximava cada vez mais do barco. Eu estava ficando intrigado com tamanha beleza de efeitos especiais.

De repente num vôo rasante a estrela transformou-se numa cativante e bela mulher, que mais tarde vim saber que era uma Anja de extrema beleza e pureza, que se transformava em uma simples mulher para cativar corações solitários. Ela se apresentou como ANGEL, uma anja incansável em seu desejo de praticar, a qualquer custo, todo tipo de bem aos homens de bem com a vida.

Sua roupa era apenas uma coberta diáfana que dava a impressão de querer mostrar-se por inteira apenas pelas sombras causadas pela luminosidade da lua, que mostrava uma belíssima mulher com todos os seus encantos e encantamentos. Era a própria magia acontecendo. O tecido de sua coberta era transparente, mas nem tanto, pois só dava para se ver seus contôrnos corpóreos.

Enfím ela sentou-se à meu lado e passamos o resto da noite e madrugada conversando e sonhando, como tudo poderia ser diferente. Se algo mudasse em nossa vida, mas como não poderia mudar, percebi quando os primeiros raios do sol, surgiram no horizonte, ela começou a transformar-se novamente em estrela, sem antes me dar um beijo no rosto e prometer um próximo encontro naquele mesmo lugar, na próxima semana. Daí começou o rodopio ascendente e subiu aos céus.

Foi quando tomei consciência que tinha estado horas conversando e admirando uma anja de primeira grandeza, chamada ANGEL. E depois desse momento ela não saiu mais de minha cabeça.

Obrigado ANGEL! pela sua presença entre nós.

MARIO LUCIO, POETA, CRONISTA E ESCRITOR.
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OBS:Feita em 15/04/2010 pelo amigo do CANTO DO ESCRITOR - MÁRIO LÚCIO, como uma linda homenagem para mim. E por aqui estou reescrevendo para vocês leitores.OBG...

-ANGEL-

Um comentário:

  1. Anja ANGEL, na crônica que fiz ontem em sua homenagem, te batizei de novo, pra mim, você será ARCANGEL, uma pequena composição de letras do Arcanjo com o seu belíssimo nome artístico. Você é uma artista que escreve e decifra sentimentos, tal qual a Esfinge: Decifra-me ou ... Abraços e Beijos Mario Lucio.

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Obrigada pelo o comentário, que sempre vem acompanhado de carinho!

Bjos...