sábado, 31 de outubro de 2009


TRÍADE


Só lamento, ser EU, VOCÊ e a SAUDADE!

Só silencio...EU, VOCÊ e a LIBERDADE!

Só desejo...EU, VOCÊ e a FELICIDADE!


-Clécia-

LUA CHEIA


No prumo redondo de lua cheia

Minha mandinga, meu amor,

Meu olhar, minha canção,

Adormecida em sonhos cheios...

Longíquos de teu olhar

De meia noite!

Esquecidos de mim, de ti,

Numa doce alucinação

Vago, voo, anteparo,

E só paro bem junto

Seduzo a tua sedução!


-Clécia-

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


MARÉS


O vai e vem de seu retorno

Molha meu pensamento de papel

Onde sonho acalentei ao seio

Encostado ao coração!

Vê-lo mar, metade onda

Metade homem

Numa inconstância tão íntima...

Saudade marítima

No vai e vem do olhar

Passeio nesse horizonte

Molhando meu sonho cor do céu!


-Clécia-


CONSTÂNCIA


Se falo: Te amo!

A excelência do instante...

Está contínua no silêncio!


Clécia Santos

quarta-feira, 28 de outubro de 2009


ESQUECIMENTO


Proposital ou não, aguarda afeição.

Incubado sentimento, encostado,

A sinergia latente de um coração!


-Clécia-

domingo, 25 de outubro de 2009


BRISA


Quando caminhas junto de mim...

O que posso sofrer?

Se me tocas, delicada...

O que posso explicar?

Os versos que dedilho

São efêmeros, comparados

Ao amor que me dedicas!

Sei que Deus te enviou

Não como sombras

Nem aquecida feito brasas.

O que declarar?

Oh! Brisa leve, secas minhas lágrimas!


-Clécia-

sábado, 24 de outubro de 2009


A CAIXA DE PANDORA


Ah! Seria tão mais fácil ser imaginação!

Que ontem essa caixinha de segredos...

Ficasse selada em lugar obscuro.

Nunca uma curiosidade doeu tanto!

Sendo então há milênios aberta

Só para o nosso total desconforto!

E para sempre as lágrimas correrem,

As dores serem feridas abertas.

Onde de caixas abertas fugissem

Dissabores, como sabemos:

Inveja, maldade, ira, vingança,

Gritos, ranger de dentes, sofrimentos,

Tristeza, medo, pesadelo, tormentos...

Mas ainda bem Pandora,

Que fechou rápido a tal caixinha!

O que restou dentro dela?

Só a última esperança!

Ai! Que péssima curiosidade mitológica!


-Clécia Santos-


sexta-feira, 23 de outubro de 2009


A FLOR NA JANELA


Quando a noite cai, através da janela

Vejo lua longe, longe, longe...

Na sua restia, desce o orvalho da flor por ela!


Clécia Santos

MICROCONTOS


Aqui os mais novos microcontos postados na Talentos-Prosa & Poesia:


TEMPERATURA

A temperatura do planeta está tão alta! Que nem o sopro do dragão,
deu certo!



CASTIGO


"A mentira tem pernas curtas!" Simulou o próprio sequestro. Descoberta pela polícia, acabou na prisão!




ÍNTIMOS


O orgulho e a soberba, íntimos... No que o primeiro passa por cima de tudo, o segundo sai comprando esse tudo!




HISTÓRIA OCULTA


Tereza menina, pouco estudiosa. Tereza moça, representou a vida no palco da ilusão. Tereza mulher, perdida sem instrução. Virou prostituta!



Obs: Uma pequena correção: ÍNTIMOS E TEMPERATURA são HAICAI, ou seja, dois poemas japoneses que criei! Obrigada!!

Clécia Santos

quinta-feira, 22 de outubro de 2009


OUTUBRO DO FOGO


A tempestade tem forma quente!

Vulcânica, amarga, temperamental,

Um dragão soprando o ar...

Tentativas em vão para anular o fogo.

O juizo será multiplas formas

Uma seta, uma lança, uma estrela,

Apontadas em única direção.

Mas o calor desumano

Nem se reprime, avassala

Aumenta em graus

Célula por células...

Fico em outubro explosivo?

Qual missão me aguarda?

Num achado ou perdido...

Meu destino se perdeu nas labaredas!

Anjo...Meu anjo guardião

O que me tocas?

Angústia? Marés? Vulcão?

Não! Tu só e apenas tu, sabes a razão!

Nas tuas mãos em encontro chagas...

Próximas, bem próximas a que Cristo

Falou: "Pai, eles não sabem o que fazem!"


-Clécia Santos-

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


SÓ MINHAS


Minhas lágrimas são só minhas!

Elas descem entre cílios

Ao menor cisco...

Sensíveis, lavam as dores.

Sorrindo, levam o brilho

Finalizado de alegrias!

Mas revejam e repensem...

Elas são donas daquela poesia

Deixada para trás!

Tristes ou não, consumem

Apropriadas e caidas

Despencadas, despetaladas,

A flor de sua pele, de sua sensação!

Hoje, confesso, elas aqui descem

Despoluindo meus mares...

Meu coração e egoistas, só minhas!


-Clécia-

AS PALAVRAS


Faladas ou escritas,

As palavras...

Têm força de um imã

São fortes, eloquentes,

Simples ou enigmáticas.

Se dizem amar...

Remam, remam,

Morrem na menor marola!

Se dizem eu sou...

Se humilham, se humilham,

Rastejam até o raso do chão!

Se dizem que não...

Negam, negam,

Mas no fundo da emoção

Dizem coisas de contramão!

Se dizem em silêncio...

Ah! O silêncio das palavras!

Escrevem e descrevem

O todo que o amor possa amar!

Providenciais, mais que enigmáticas...

Cerram em órbitas todo o universo

Que mil palavras ditas ou escritas!


-Clécia Santos-

terça-feira, 20 de outubro de 2009


INOCÊNCIA


Há dentro de cada um de nós

O olhar da inocência, genuino,

Fiel, feliz, espectador;

Seguimos nesse olhar

Apenas o coração,

Meiguice, atenção, escuta;

Ver o mundo assim...

Nada custa! Só fechar os olhos

Lembrar de coisas amenas

Um passado bom;

Uma mão que em nossas mãos

Nos guiava! Só assim...

Reflitimos que há ainda esperança

Pois nosso coração guarda a pureza

A beleza simples do sorriso da infância!


-Clécia-

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


MISTÉRIOS


Saboriei entre o céu e a terra

Um voo em sonho misterioso.

Aquele que estavas sob a luz

Espreitando em penumbras

Meu mundo silencioso...

Meus olhos desnudados

Pele virgem de beleza exótica.

Atraido, emudecido...

Passeavas só no olhar

Detalhes de mim!

Mas como os mistérios

Se fazem perante os sonhos...

Jurastes que só mais uma vez

Voltarias nesse encontro, determinando:

-Vou viver o teu melhor mistério!


-Clécia-

sábado, 17 de outubro de 2009


LIBERDADE


O gosto amargo desse beijo...

É gosto de sonho não realizado

Vento parado ou tropeço

Introvertido, aprisionado!

Medo da liberdade?

Razão qualquer firmada...

Entre o céu e a terra

Remexida, contorcida...

Sonhos desperdiçados!


-Clécia-

TERMOMETRO


A temperatura é quente!

Aquece até a lua de pensamentos

Na visão romântica que me vejo

Num cais perdido de teus olhos;

Nosso encontro é submisso...

Eventual beijo oculto.

Dentro de ti, sei...Eu me encontro!

E a temperatura se torna fogo

Deveras! Tem altura e itinerário!

Se esbarra nos nossos olhares...

Que a paixão já nos furtou!


-Clécia-

sexta-feira, 16 de outubro de 2009


DO TEMPO VORAZ


Um dia consumirei o tempo!

Traçarei por fios rugas

Devorarei suas linhas

Pulsarei vagarinho...

Vagarinho seus ponteiros

Parando pouco a pouco

O desenrolar de sua escala.

Quem sabe por um instante...

Meu rítmo cortante, ferruginoso,

Estacionará a sua excelência? Ah! Assim...

Na estação dormência...

Pararei ou congelarei meu tempo

Apenas para sentir um gostinho:

Sim, agora sim! Estou livre do fim...

Na eterna lembrança...


-Clécia-


PEDAÇOS DE MIM


Vaguei por vales tristonhos

Nervosa de mim

Preenchendo sonhos.

O que deixei por aí?

A certeza do sorriso qualquer

O olhar simbólico de ilusão;

Meu planeta, minha caneta,

Rabisco do que deixo

Por aí num canto qualquer escrito

Dores ocultas, meu diário,

Meu silêncio ou meu grito...

Lembranças do rastro perfumado

De suor ou lágrimas que descartei!


-Clécia-

quinta-feira, 15 de outubro de 2009


A REDE


Conecte-se e nem sinta...

O sabor da desconecção!

A rede remoe a saga

Do que a vida se depara;

Inconsciente-se de que

A conecção é necessária

Vive da água, alimento,

Pensamento, sonho,

Ou mesmo da lágrima;

Consciente-se que só

Ou acompanhado...

Um neurônio só

Nunca faz-se luz;

A rede é seu viver

É a sua sobrevivência

É a sua conecção!


-Clécia-

quarta-feira, 14 de outubro de 2009


EVA SEM PARAÍSO


Meu gênese, meu adão...

Fez-me mulher na grandeza da poesia...

Perfumou o meu aroma de intenso desejo;

Esqueceu de apagar a memória...

Do sabor do pecado do paraíso!

Detalhou-me olhos firmes e livres

Dona de mim, observadora,

Mas tímida e dengosa!

Traição? Nenhuma!

Também esqueceu de me soprar...

Não esquecer quem devo amar!


-Clécia-

REVER


Não me veja como algo,

Um objeto sem vida e desgartável!


Não me silencie na solidão,

Observe que tenho liberdade do sol!


Não me deixe numa redoma de vidro,

O ciúme estraga a beleza da emoção!


Não seja o medo em pessoa,

Já que o inevitável aconteceu!


Não me diga através de paredes emudecidas,

Que o amor não lhe envolveu!


Não se mostre forte nem mestre em atitudes,

Nós dois sabemos que não dar para evitar!


Não me diga em silêncio que me esqueceu,

Seus olhos negam em batimentos...Vive a me amar!


Não posso negar, já tentei estacionar o que sinto.

Mas não o vejo longe, está gravado neste meu olhar!


-Clécia-

terça-feira, 13 de outubro de 2009


INVERSO


O infinito aponta para o impossível;

O sonho é o reduto do pensamento;

Voar é sonhar em pesadelo;

O silêncio é o grito do ouvido;

Ser violento é a ira da surpresa;

Ser preconceituoso é descartar...

O gosto amargo de querer ser igual;

A inveja sente a vontade da culpa

Por ser totalmente diferente;

Contaminar a natureza tem destino certo;

Contudo a contudência é ínfima...

Comparada aos inversos desproporcionais!


-Clécia-

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


SAUDADE TEM FORMA DE DOR


Quando uma lembrança renasce...

A distância diz: "Nunca mais!"

Os olhos ficam marejados de lágrimas.

A separação reparte tudo que traduz

O carinho não se encontrará jamais!

A saudade então se reformula

De tempo em tempo...

Numa dor que arde

Desaba em lembranças,

Sorrisos, covivência,

Amizade verdadeira, cumplicidade.

Até que despertamos para o agora.

O agora é pensar em viver,

Viver nas perdas e ganhos,

Viver, respirar, se inspirar

Na poesia que a vida é VIVA!


-Clécia-

domingo, 11 de outubro de 2009


MEU PRISMA


Meu planeta se reflete na poesia!

No desengano, pupilar...

Onde há central, a órbita

Verdades que falo

Através do olhar!

Para quê conspirar?

Nunca é o talvez da omissão

Entrego-me perfeitamente

Em rumos escritos, descritos,

Voláties da ilusão!


-Clécia-

FLORES


Não quero flores com cheiros tristes

Exalando perfumes mórbidos.

Elas, singelas exalam inocentes

O ar da natureza viva

Sorridentes, coloridas, livres;

Deixo elas assim em jardins

Para exuberar poros de pétalas

Escorrendo líquidos de seivas

Resultantes de grãos de pólem

Perseguindo as oosferas.

Germinando e atraindo

Novas e novas vidas!

Se possível, me transmutar flor

Sentir a leveza dos ventos;

O degustar dos insetos, das aves,

Disseminar sementes, por um instante ser...

A liberdade, o colorido,

O orvalhar por madrugadas!


-Clécia-

PORCELANA


Trêmula pele no rítmo da noite

Destila lágrima silenciosa

Descuidada e cálida.

Contínua emoção

Serpentina invisível

Guardiã da tez

Alva, porcelana;

Extravasa sensível

A mistura entre água,

Sal, sangue, partidas;

O ar sem gosto

Triste noite perdida!


-Clécia-



LUA MINGANTE DE NOITES QUENTES


Onde está a lua amena?

Aquela que sopra ventos múltiplos?

Mil pensamentos "quentes"

Aquecem minha órbita...

Então busco nas madrugadas

A lua minguante, rumo nascente!

Os destemperos são sinuosos

Assim como o nervoso

Nas noites latinas;

Apenas impacientes calores

Sufoco de uma alma feminina!


-Clécia-

sábado, 10 de outubro de 2009


O JULGAMENTO


Que "homens" têm o dom de julgar?

Quais os caminhos se toma numa decisão?

Qual o carater da face de um julgo?

Seria a mão de Deus que interfere?

Que "anjos" são enviados para tal?

O misterioso da vida é que por dias...

Dias e noites somos julgados

Somos interpretados, somos ouvidos,

Somos sem querer, interrogados,

Nem percebecemos mas as sentenças

Como palavras ditas, gestos, ações,

Até as omissões são literalmente

O nosso julgo diário.

O que fazer? Como escapar disso?

Não há como! Somos o que decidimos,

Agimos e escolhemos!

Um passo a passo como um compasso

Seguinte do coração, razão, coração...

Intercalamos inconscientemente ou não

A caminhada de apredizado

Ora pelo amor, ora pela dor!

Mas mesmo acordados ou dormindo...

Somos o que a humanidade ver,

O que representamos, o que somos,

O que Deus irá decidir!


-Clécia Santos-

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MICROCONTOS


Para vocês os últimos microcontos postados na Talentos- Poemas & Poesias:


PROFISSÃO


Mulher poderosa na sua profissão. Descartou dois casamentos, dois namorados, três filhos, seus ficantes, dois cachorros e dois amantes...



AMANTES


A amante se impressiona com a performance do "namorado" casado! Ele havia morrido de apêndice estrangulado em plena cama do motel!



SEDUÇÃO


Mulher se veste de preto, igual a antiga "tiazinha". O marido chega e fala: "Diga aí, coronel Cintra! Ponha o jantar!"


CACHORRO


Uma vizinha pede para que o vizinho leve seu cachorro para tomar uma vacina. O rapaz,

animado, diz: "Levo, mas posso cobrar pelo favor?"



SILICONE


Um "boysinho" vê a mãe siliconada. Lembra da época em que foi bebê, fica entusiasmado e pede para mamar. Desesperada, a mãe diz: "Tá maluco é?"



MORREU NA PRAIA


Gatinha estudou, estudou, queimou os neurônios e nem, nem, nem prestou o ENEM! Recebeu o dinheiro de volta! Nadou e morreu na praia! Aff...



Obs: Espero que tenham gostado!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009


OS MISTÉRIOS DE SANTA TEREZA



Ah! Santa Tereza de d' Ávila!

Que sonhou com seu anjo exterminador!

Extermine meus problemas,

Meus dilemas diversos...

Entre eles, aquele terror

Do suor que não dormi

Não tive culpa,

Que mal acordei...

Que eu sofri, que me magoei!

Oh! Santa Tereza, gozosa...

Misteriosamente me leve

Para teu pouso brilhante,

Que Jesus foi o vitorioso maior!

Elevando teu coração, tua emoção,

Na tua morte, a própria REVELAÇÃO!

Perdoa junto a mim

Os mais próximos traidores!

Que meu temor, junto de tua fronte...

Seja apenas o suor de meu rosto

Na labuta de meu gozo!


-Clécia Santos-


Obs: O foto foi emprestada da net!


quarta-feira, 7 de outubro de 2009


ANTERIOR A TRISTEZA


A vida tem dessas coisas:

Uma batalha é ganha...

Logo, logo dia seguinte,

Surgem outras.

Aí, aí de mim que estou aqui!

Mas as batalhas são para guerreiras!

Uma mulher que vibra;

Não baixa a cabeça;

Ver sempre novos rumos;

Mostra sangue fervente;

Sabe que as derrotas

Podem ser instantâneas...

Sua firmeza é fibra

Tecida com delicadeza de mulher

A garra de guerreira!


-Clécia-

CLOSE


As faces se espelham

Face à face, conotam

Real e imaginário

Virtual e sonhado.


Nas curvas de rotas

Conectivas e desconectivas

São curtas ou longas

Só o tempo desbota.


Limiar do observável

O silêncio por sí só, fala

Espelhos, tempo, exala...


O sonho observável

Um semblante que camufla

O close de sentidos que cala!


-Clécia Santos-


EMOTIVOS


Há por aí purpurinas...

Alegres cores de motivos

Voando, maneiros,

Momentos misturados

As essências perfumadas

Extraviando o que há de triste.

Assim como pequenos

Ínfimos beija-flores

Trazem belezas amenas

Felizes razões de esperança...

Se acredita que são razões

Para continuarmos a caminhada!


-Clécia-


terça-feira, 6 de outubro de 2009


SORRISO ENIGMÁTICO


Um sorriso nem precisa ser tudo!

Aquele que sorrir em silêncio...

Fala muito, diz memórias!

Fala calado, diz histórias!

Um sorriso enigmático...

Mostra em "preto e branco"

Certamente na timidez,

O exato momento que riu...

O que observou, o que guardou!


-Clécia-

OLHOS PROFUNDOS E NEGROS


É claro que entre todos os mistérios...

O mistério que mais alucina

Com certeza mora dentro desses seus olhos...

Negros e profundos! Belos!

Misturas miscegenadas

Entre a retina e a pupila...NEGROS!


-Clécia-


Obs: Foto emprestada da Net...

ESCARLATE


Teus lábios me seduzem

Destino dos meus...

Com um beijo

Anseio o tudo

Que do nada começou.

O céu escarlate

Anoitece dessa cor

Junto com o palpitar

Desse coração

Vermelho de desejo...

Um desejo insano

Escarlate de paixão!

Te espero! Sedutor...


-Clécia-

O SILÊNCIO DOS ANJOS


Há momentos nos nossos momentos

Que o temor dos mistérios

São gigantes, avassaladores.

Entre os nossos temores

O mistério de até quando?

O talvez nos abraça

Por um fio de esperança...

Fechamos os olhos

Pedindo que anjos

Mesmo em seus cruéis

Encantos e silenciosos

Nos abrace, nos embale,

Cantem cantigas de ninar.

Adormeçam e acordem

Abraçadinhos conosco!


-Clécia-

domingo, 4 de outubro de 2009


CONFISSÃO


Meu pecado é comprimido

Doses destiladas de relutas

Inteiras e interiores

Intenção inocente

Magnética e poética

Iluminando apenas

O meu olhar...

Ao fundo de marchas

Aleluias, aleluias,

Num soprano magestoso

Toca na vibração

Quase que interrupta

Platõnica, platônica,

Num amor cruel e clandestino

Ostentando a canhota

Suores, suores...

Num sussurro que reluta

Consumindo o tempo

Planetas platônicos

Que ao meu redor me destino!


-Clécia-


Obs: Ao fundo musical de "O Messias, Aleluia",

de Hendel(*1685 +1759); foto emprestada do sit
de Dali angel.

INCORRUPTÍVEL


Os sentimentos se expressam

No limiar que se manifestam

Vivas cores que nos restam

Em tempos e tempos de corrupção!


Mas levitam versos soltos

Nos larápios do sim e do não

Tantos e tantos são os roubos...

Que já não tem mais perdão!


As migalhas são atiradas

Para quem é solidão...

A margem da corrupção!


Mas de tudo o que foi visto

Tantos e tantos banidos...

Só por amor se merece compaixão!


-Clécia Santos-


Obs: O soneto foi inspirado na arte de Michelangelo,

"O pecado original e a expulsão do paraíso".

Mas que também se encaixa nos sentimentos efêmeros atuais,

onde só o amor prevalece!


Clécia Santos

DUNAS


Os ventos removem as areias

Na viagem de ir e vir

Montam e remotam

Imagens e figuras

Na doçura de liberdade!

Soltas areias que se movem

Contorcendo seus grãos

Brios arenosos

Na beleza de serem

Livres, redemoinhos

Rodamoinhos, rodar em rodopios

No embalar da brisa

Na poesia que é o vir e partir!


-Clécia-

VIDA


Há inúmeras formas de vidas:

Vidas só, vidas acompanhadas;

Vidas em elos, vidas solidão;

Vidas cheias, vidas vazias...

Mas e o que é a vida?

Um brilho?

Um sofrer?

Um palco?

Um plural então?

FELICIDADES MOMENTÂNEAS?

Mesmo assim vale à pena viver!


-Clécia-
A somatória das palavras descrevem um cálice.

sábado, 3 de outubro de 2009


IMAGINAÇÃO


Ah! Sou dona dos meus sonhos!

Destrono a realidade

Desfaço e refaço

Apenas o que desejo

E sou a deusa no planeta

Da imaginação!

Nela encontro-me BRISA,

Viajo contigo

Minha fantasia

Numa linda e pura ilusão!


-Clécia-

NÃO TEM FIM


O recomeço assim:

Reamanhecer...

Reescrito...

Renascido...

Reestruturado...

Reanimado...

Reatado....

Reconstruido...

Reaquecido

Requisito...

Reaproveitado...

Ser reassumido!


-Clécia-

LÁBIOS


Quisera descrever teus lábios

Naturais, bem desenhados

De homem e menino

Um perigo!

Detalhes teus

Bem contornados

Tanto de inocentes

E de pecados...

Quisera eu

Só ter a idéia

De beijá-los, de roubá-los!


-Clécia-

PALAVRAS DO MAR


A maré tem palavras

Que desabafam águas

Divinas e soltas

Todo dia, dia todo

Cantam em coros

Canções de sereias.

Deságuam em ondas

Bordas das areias

Que os ventos se encantam

Também em sonatas

Borbulhos leves

Barulhos que mareiam.

Mas onde? Onde?

A maresia do mar mareia?


-Clécia-

sexta-feira, 2 de outubro de 2009


MÚSICA MOMENTÂNEA


As correntes de ar nervosas

Que se despreendem em acordes

Gritam subconscientes seu nome

Apenas em forma de sons...

Música linda e momentânea.

Repete, repete e repete

Várias vezes de maneira submissa

O mesmo refrão da memória!

Aquele que esqueceu de esquecer

Que faz lembrar em canções, você!


-Clécia-


ROSA MÍSTICA


Sou rosa mística...

Sou noite e mistério

Brilho na luz das estrelas.

Sou na natureza o beijo

Frio da solidão!

Floreço em planetas...

Transparentes, vitrais

Virtuais no coração...

Do que se chama saudade!


-Clécia-

ATIÇADA E FELINA


Meu lado angelical é devorado

É feroz, é avesso

Um rítmo, uma música,

Forte, pulsante,

Detonada, viro uma felina...

Constante explosão

Inquietude de numa ilusão

De que te seduzo...

Ao menos pouco,

Pensar que ouves

O sussurro da canção

Que te envio telepática...

Atiça ainda mais o lado felina!


-Clécia-

O CENTRO DE TEU CORAÇÃO


Ah! O meu coração!...Judia de mim!

Estou aqui refletindo...Eu nunca fui assim!

Completamente viajante...

Completamente sonhadora!

Disponho de olhos, de tempo...

Oh! Maravilhoso coração!

Que a angústia me rendeu dor!..

Um sonho a mais, só um sonho!

Te encontrei por acaso,

Nesses acordes loucos de descompasso

Batimentos descompensados de meu juizo muito feminino;

Na perfeição de teu contorno masculino, a paixão forte

Despertou a adrelina já adormecida muito feminina;

Oh! Maravilhado coração qual o por quê disso?

Não me deixe outra vez sem palavras

Como a seta bárbara que me abateu

Agora só quero guardar o teu rosto

Teu olhar, teu corpo, teu sorriso,

Teu centro de atenção...

Simplesmente o centro de teu coração!


-Clécia-

PELE


Entre os poros

Processos invisíveis

Pulsantes e clandestinos

Vibra a química

Transparente

Que percorre solta

Me fascina

Me estremece

E me alucina...

Vulcânica? Exótica?

Borbulhante? Feminina?


-Clécia-