domingo, 4 de abril de 2010

CRÔNICA- CAMILLE CLAUDEL- O filme


Há muitas e muitas histórias de amor em cada esquina próxima, em cada esquina distante, a cada segundo podem surgir várias e várias, milhares delas. Quando amamos, há de se convir que os nossos cinco sentidos ficam bastante comprometidos. A visão fica turva; As mãos trêmulas, os lábios não falam, querem apenas beijar;Os ouvidos ficam quase ensurdecidos de tanto a memória repetir o nome do amor;O olfato é química pura dos odores exalados, quando estamos próximos do amado(a); Mas os atropelos de mente, nos faz demonstrar toda a fragilidade de que o amor nos transforma, e inúmeras sensações explodem!
Já assisti em cenas de filmes muitos amores possíveis e impossíveis, mas a história de Camille Claudel, realmente me impressionou. Ela, uma jovem, na flor da idade, descobre o dom da arte da escultura. Residindo na França, se encontra na esperança de seu reconhecimento, luta para que o mestre Rodin, a descubra, a convide para ser a sua pupila, sua aluna, para promover algumas exposições.
O fato dessa expectativa, não demora, ela envia uma escultura de um pé, perfeitamente lapidado para o mestre Rodin, apreciar. Ele fica de sua parte, impressionado com o que ver. A perfeição dos traços, dos detalhes, dos contornos em que Camille teceu com as suas mãos, de uma vibração totalmente inspirada!
Dias depois, ele a convida para conhecer e aprimorar seus conhecimentos para o seu atelier. Ela, ficar entre emocionada e receosa. Conta para o seu irmão e confidente, Paul Claudel, pedindo a sua opinião. Paul Claudel, fica também preocupado, já que os pais deles discordavam das criações em esculturas de Camille. Nessa época, Paul Claudel, ainda novo, já escrevia lindas poesias e lia para a sua única irmã, pois ainda havia entre ambos, um outro irmão.
Enfim, Camille, aceita o convite do mestre Rodin para ser uma de suas pupilas. Com o passar dos tempos, Camille se apaixona por seu mestre, perdidamente. E as cenas visualizadas nesse filme, um primor! Belas, belas, a mistura de poesia, esculturas, toques, amor, o sexo feito de forma perfeita. Como se o corpo fosse um mármore, gélido, impessoal, vazio, sem brilho, não lapidado. Mas rapidamente, ao toque das mãos, tudo se transforma, ao calor, nos detalhes dos caminhos seguidos nas pontas dos dedos, o suave abrigo dos abraços. Essas cenas ainda vão perdurar um pouco na minha mente, recomendo mesmo esse filme para vocês verificarem os detalhes escritos ou omitidos neste texto. Aqui, abaixo, o sumário do filme CAMILLE CLAUDEL:

Em 1885, na cidade de Paris, a jovem escultura Camille Claudel(Isabelle Adjani), irmão do escritor Paul Claudel(Laurent Grévill),entusiasma e impressiona o famoso escultor Auguste Rodin. Porém, ao torna-se aprendiz, e depois assistente de Rodin, entra em conflito com sua família. Para piorar ainda mais sua situação, ela se torna amante de seu mestre e, embora tenha amigos do porte do compositor Claude Debussy, cai em desgraça, junto à sociedade parisiense. Ápós quinze anos de seu tortuoso relacionamento, Camille rompe seu romance e mergulha cada vez mais na solidão e na loucura e, por iniciativa de seu irmão mais novo, é internada em um manicômio.

Bem, convido vocês leitores desse meu texto, a adquirir este lindo filme, assisti-lo no ambiente aconchegante, se deliciando de pipocas quentes, uma água de coco, um suco ou até um refrigerante, curtam as cenas poéticas, de uma época onde os romances eram de muito lirismo.

Obs: A foto acima é de uma das esculturas do mestre Auguste Rodin;
RODIN. EL CUERPO DESNUDO
Fechas: Del 14 de mayo al 6 de julio de 2008.
FUNDACIÓN MAPFRE. Instituto de Cultura.
Avd. General Perón, 40, 28020 Madrid.

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