quarta-feira, 30 de setembro de 2009


ENCANTOS


Os anjos segredaram poemas

Que o vento se encantou por asas

Latinas, brasileiras, femininas,

Nas asas que pousam plumas

Leves, sutis, suaves!

Plenos voos virtuais

Imaginários e vibrantes

Até a poesia teve ciúmes

Por tanto encantamento!

Mas já sei meus anjos

Brandos anjos de sonhos

Descontínuos...


A felicidade,

Toca leve também

Horas breves de voos...

Virtuais, imaginários,

Só um sonho descontínuo!


-Clécia-

ATRIBUTOS E ÂNGULOS


A geografia atribuida aos corpos

As estrelas, aos cometas,

As formas e curvas...

Cometem pecados

Mas as traçadas linhas

Se bem delineadas...

Causam até medos,

Muitos transtornos!

Ah! Os contornos!

Femininos ou masculinos

Se casam, se encaixam

Se amam, se enamoram!

Como? Como? Fazer um olhar...

Desapercebido não notar?

É impossível! É inconcebível!

Ver os ângulos e contornos

Na fisiologia geográfica de alguém

Másculos músculos ou femininos atributos

Deixam ambos, o olhar de "queixo caído!"


-Clécia-
Obs: Foto da net, um colírio para as amigas!

PURA E CRISTALINA NOITE DE SETEMBRO


Destilada, linda noite de setembro!

Brilha entre as estrelas e a lua

Sobre os olhares de poetas

A mão que te pintou se inspirou!

Cristalina entre a pureza dos sonhos

Fronte eterna de teus admiradores

A música que inspirou canções!

Como seria tua despedida, setembro?

Um olhar molhado?

Um beijo molhado?

Não! Seria então a tua noite...

Enluarada, enamorada,

Cristalina, estrelada,

Abençoada por anjos, enfeitiçados...

Por tamanha beleza pura!


-Clécia-

DESCONTROLE


Estou aqui a um passo

Explosivo, TPM...magnética

Neurônios à flor da pele

Pontas de dedos e de icebergs...

Descontrole dos telepáticos

Equidistantes pensamentos

Facho de foco fora de foco

Fogo de facho fogo

Raios de raios olhos

Olhos de mares bravios

Ondas de marés sensíveis

Onde ondas olham

Sensíveis e se quebram!


-Clécia-

REALIMENTAR


Daquilo que busquei...

Nos sonhos acordados

Sonhos permitidos

Sonhos proibidos

Sonhos impossíveis

Sonhos agora dormidos!


Daquilo que achei...

Nas músicas ouvidas

Músicas agitadas

Músicas calmas

Músicas românticas

Músicas agora adormecidas!


Daquilo que chorei...

Nas mágoas vividas

Mágoas ruminantes

Mágoas instigantes

Mágoas hilariantes

Mágoas agora já perdidas!


Daquilo que amei...

Nas palavras de amores

Amores que vem e vão

Amores que sim e não

Amores que pecam ou perdão

Amores agora já amados!


-Clécia-

AMIZADE


O que se destina na amizade?

Inúmeros sentimentos se destacam

A coerência das palavras ditas;

Respeitar os limites;

Dar espaços, ser livre, a liberdade;

Ser compreensivo, saber ouvir;

Companhia, sorrir junto;

Cumplicidade, guardar algo...

Em silêncio, ser a medida certa,

No respeito ao outro;

Observar que os pares se assemelham;

Ser solidário nas dificuldades,

Amenizá-las com suaves palavras;

Uma amizade é tempo de conquista!

Um castelo de histórias

Que se unificam na verdade e na paz!


-Clécia-


Obs: Aos meus amigos e minhas amigas

que verdeiramente constroem junto a mim

histórias de PAZ!


Clécia Santos


terça-feira, 29 de setembro de 2009


IDENTIDADE


A mão é chama, é fogo,

Digitais de vida que pulsa

Respira, transpira, doa,

Diz ou não diz;

Transborda o que é

A quem pertence

A quem se permite

O que se omite.

Marca que persiste

Na qualidade de que é

Aceitação, negação,

Intenção, abnegação

Mágoa ou perdão;

As linhas se apropriam mãos

Territórios únicos,

Pessoais, de que são...

Pertencentes as identidades.

A identidade de serem humanas!


-Clécia-

ÁVIDA


Oh! Lua plena!

Minha sede fantasmagórica!

Deita aqui e bem próxima!

Vê a vontade intensa

Por onde te abro a porta?

Sacia a sede dos amantes,

Amores antigos, amores novos...

Seja a visão propriamente dita!

Encha-me de teu olhar lua

Anjo da paz e branco

Luar alvo e bendito

Por Deus e seus detalhes, prescrita!


-Clécia-



A ESCULTURA


Há uma ponta de mistério

Envolvente e sedutor!

Quem sabe explicar?

Entre a serpente e o amor

O que há de belo

Nos sonhos revelados

Por lábios, pelo coração,

Pelos mais puros desejos?

Há uma chama de sol,

Um tempero envolvente...

Entre a serpente, vontade de beijo.

Entre os anjos, vontade de pecar.

E são lançadas as setas...

Quentes, dilacerando um gozo

Sentido entre um romance

O proibido então, talvez?

O que se mostra?

Nas faces frias?

Uma morte, um gozo?

Lances de olhares apaixonados?

Seria a dor da morte...

Um êxtase igual?

Mas a volúpia do amor sonhado

A traduzida realização de um sonho...

Enfim seria o resultado da eminência

Morte e a paixão de ambos, gozosos!


-Clécia-


Obs: Inspirado na escultura de Gian Lorenzo Bernini(1647)

-Êxtase de Santa Tereza...Visto na net e o sit

enviado pelo amigo-Edmilson Júnior.

Obrigada amigo!


Clécia Santos

segunda-feira, 28 de setembro de 2009


UM HOMEM!


Não sei te revelar

Embolei todos os sentidos

Nos meus enígmas!

Fechei-te feito uma ostra

Entre minhas conchas

Como uma pérola preciosa

Tecida aos poucos...

Encontra-se nos meus olhos

Tua imagem mais perfeita

O sorriso tal qual enigmático.

Não sei o que sou

Dentro de teu abrigo

Nem tão pouco

O que de mim te restou.

A janela de teu olhar

É parede, é vidro,

Algo que a poesia

Entre nós nos separou!

Então há uma sobra

Aquela que se transforma

Num fio de medo,

O medo do proibido,

Meio entre arvoredos

Onde o vento me soprou...

Meu receio já se torna

O nervoso de teu silêncio

Que entreabre a ostra...

Minha boca entreaberta

Sentindo o líbido e a real

Evidência de teu temor

Em está também a me amar!


-Clécia-


Obs: Foto usada da net...



BEIJO SECRETO


Meu beijo é memória!

Sonho sedutor

Introspectivo

Viajante de seu corpo...

Delimita as linhas

Em pensamentos

Assim suave,

Em segredo!

Assim mesmo vulgar

Transitório e fulgaz...

Percorrido, beijado

Jamais, jamais...

Ou mesmo no talvez

Saberá o gosto apaixonado

De meu beijo memória!


-Clécia-



TATUADA


A pele descrita na discrição

Guarda, colada no cetim

Alva, cor da alma...

Visões fixas

Uma ou mais secretam

As mensagens de amores;

Figuras delicadas

Delineadas, sutis,

Emudecidas e sensuais.

As silhuetas incorporadas

São apenas detalhes

Transcorridos de tempos

Misturas nas linhas do tempo!


-Clécia-

SETEMBRO PRIMAVERIL


A cada flor que surge

Um par de olhos

Desabrocha VIDAS!

Num sorriso colorido

Se imagina as manhãs

Algum setembro pintado

Num mormaço

Inverno findo.

A canção exercida de rosas

Gira os olhos e gira a vida!


-Clécia-

domingo, 27 de setembro de 2009


CHUVA BREVE DE INSPIRAÇÃO


Como uma chuva breve

Nas inspirações da primavera

Vejo você bem junto, aqui.

A paixão não é breve ilusão,

Se explode nas gotículas

Com o amor almejado.

E lhe guardo nos sorrisos

Por nós sonhados

Bem próximos, num horizonte...

Tão efêmero como a rápida

E repentina chuva de primavera!


-Clécia-



JÓIA RARA


As músicas são mais que sensuais...

Mas se comovem ou emocionam

São a base de escritas por poetas.

A poesia é, então, toda a jóia rara

Resguardada ou explíta na mente...

De algum trovador, um poeta popular;

De algum poeta maior, daqueles clássicos;

De repentistas ou emboladores nas praças;

De algum sonhador tímido, uma pérola;

A poesia é a inspiração misteriosa

Na sinuosidade das emoções

Que brota de mãos e corações,

Que a sensualidade das músicas

Torna-se mínima, com a força dessa canção!


-Clécia Santos-


sábado, 26 de setembro de 2009


A CRIPTA DO CORAÇÃO


Um fechado coração

Morre todos os dias

Sem medo, é tímido!

Sem vergonha, é silêncio!

Entre as rochas se cristaliza

Enganando o tempo

Mas o tempo é implacável...

E um coração assim fechado

Vira cristais de criptonita!


-Clécia-

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


UMA NOITE, UMA LUA CRESCENTE...


O banho de uma lua que cresce

Tem metade do preço...

Um olhar instigante

No esforço de ver

Só mais um pouco o resto

Crescido, incoporado

Numa noite quente.

Seria ameno também a metade

Adicionada para diminuir o calor?

Vem lua inteira banhar

Toda visão do meu apreço!


-Clécia-


Obs:Foto do quadro-Lua de Tarsila do Amaral

PLANTE


Uma árvore tem raízes...

Fixe-se na determinação

Que amigos se conquista,

Neles, a sua essência permaneceu.

Os ramos da árvore

Podem ser muito bem

A sombra de sua solidariedade.

As flores que desabrocham nela,

São comparadas aos dias

Floridos de sua alegria...

Que perfumou as mãos

Que receberam o seu sorriso!

Os frutos que brotaram

Assemelham-se ao tempo

Pelo qual você foi recebido

Por todos com carinho!

E as sementes, são nada mais...

A resposta de que você

Com sua essência...

Se guardou no coração

Daqueles que conquistou!

O carinho, a bondade, o amor, a felicidade,

Podem surgir de diversas formas!


-Clécia-

quinta-feira, 24 de setembro de 2009


A NÃO INCÓGNITA


Dos labirintos que construi

Ternos olhos são abrigos

Segredos cerrados por eles

Incansáveis lutas travei...

Omiti, omiti, omiti...

Mas como? Como esconder?

Se teus olhos buscam

Um fio de céu...

Por entre frestas...

Rendendo o que não é omisso nos meus?


-Clécia-

quarta-feira, 23 de setembro de 2009


IMAGINÁRIO


Um alguém nem precisa ser tanto

Por sí se completa nos desejos

Bem desejados por uma mulher!

Escondido, no fundo da alma

Se memoriza na lembrança...

O perfume, o andar, o jeito,

O olhar físico ou imaginário,

Invade, se estabelece fixo.

Química? Atração? O que será?

Não há muito o que explicar...

Por sí se completa nas emoções

Emotivas, inspiradas por uma mulher!


-Clécia-

CLAREAR


A soma das cores...O prisma!

Seria então o branco?

Na clareza dos fatos...A verdade!

Seria então o consciente?


Nas telas, o pálido é cinza e branco,

Esfumaça as outras...Na beleza!

Na vida, o desencontro é tombo,

Sombreando outros...Na lembrança!


Na arte, o claro é lágrima e emoção...

Que saboreia o toque do brilhantismo!

Na vida, é claro que imita a arte, é canção...


Na vida, o amor é adjetivo...

Na arte, o amor é imitação.

Ambos, esclarecem o que define o coração!


-Clécia-




CONTATO


Efêmera seda despatalada

Debruçada, sonhadora,

Desejada? Esperada? Amada?

Só amoras breves

Um toque de beijos

Gosto do aqui e do nada...

O toque sobre sí

Olhos cerrados,

Um pensar que pensam em ti!

Coisas por acaso...

Em si e só, cantigas de abraços

Boêmicos e lembrados

Agora abrandam o fogo...

Desejos percorridos pelo corpo

Amordaçados e mortos

Pelo suor perfumado do rosto!


-Clécia-


PRIMAVERA


A estação de sorrir do "nada"

Tempo de ser feliz

Recompor a seiva

Tornar-se apaixonada...

Tornar-se apaixonado!

No florir da flores...

Correr caminhos coloridos

Ver sob o céu pintado:

As margaridas, as camélias,

As orquídeas, as begonhas,

As flores dos campos...

Um tapete lindo e reposto!

Na primavera, o "ar romântico"

Exala o perfume que sentimos!


-Clécia-

terça-feira, 22 de setembro de 2009


AMAR VOCÊ

Meu caminho é descaminho

Um grito, um sonho, um pecado

Acordado ou latente

Meu maior segredo...

Amar, reamar, desamar...

Acordar assim

Dormir assim

Em sonho, em segredo...

Amar, reamar, desamar você!


-Clécia Santos-

ACALENTO


Como ou não ter saída?

Se ao teu lado

Me dispo de véu?

Sou alma clara, pálida

Um rumo sem abraço...

Enrolo-me em pérolas

Quero assim sufocar

Um grito, uma saudade...

E nas intercaladas vezes

Que expressei meu olhar

Acalentei o meu céu

Na timidez momentânea

Rosácea de felicidade!


-Clécia-

ÁRVORE


A árvore é a destra

O início do vento leve

A folha seca que refaz

O oxigênio respirável

O alimento do corpo

O que faz a alma beber

O sabor dos temperos

A temperatura sem fogo

A natureza, a pureza,

A beleza que mora a PAZ!


-Clécia-


Obs: Uma lembrança pelo
o dia da árvore!



SOMBRAS


Não diga não vou amar...

Aceite um amigo, um perdão;

Um abraço perto ou distante;

Mesmo aquele em silêncio...

Pois é o que mais te aquece;

Diga que o teu próximo...

Mora junto de teu coração,

A pureza de qualquer gesto

Para o teu íntimo é o que conta;

Será a tua mão que te ameniza

As sombras, as dúvidas, o temor,

A indiferença de teus próprios atos!

Seja o amor que ilumina o teu sorriso,

Que tua consciência te libertará

Na bondade, na verdade, na justiça!

Dormir e acordar bem será a resposta!


-Clécia-

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


O SORRISO DA LUA


O sorrir da lua

Extremidade...

Canto esquerdo

Esquerdo canto céu

Lua nem nua

Nem vestida...

Num lado ao léu

Um canto de sorriso

Seu total

Meio lado

O lado da noite

No lado abrigo

Um sorriso

O sorrir da lua...

Um beijo...

Ao lado do paraíso!


-Clécia-

UMA MEDIDA CERTA


Não devo amar tanto

Só um pouco...Para não ter fim...


Não devo ser tanto

Só um pouco de mim...


Não devo dizer tanto

Só um pouco, sussurrar...


Não devo revelar tanto

Só um pouco, ser o "segredo"...


Não devo ser ousada, tanto

Só falar com o olhar...


Não devo ser um"perigo"

Só um tantinho assim...


Não devo pensar tanto

Só o suficiente, desejar...


Não devo sonhar tanto

Só no momento certo, ao dormir...


Não devo jogar purpurinas

Só o suficiente para te luzir...


Não devo pecar tanto...

Só te amar aqui, dentro de mim!


-Clécia-



DE CORPO E ALMA


Meu silêncio fala

São rumores inaudíveis

Cerram meus lábios

Falam de canção

Monossilábica

Repetidas vezes...

Falam com alma

Dizem tanto para você!

Mas são flores,

Borboletas, beija-flores,

Fadas...Um faz de conta

Eloquente e mágico!


-Clécia-

IMAGEM


Vou voar...Ser única!

Rolar sobre as minhas asas

Guardar a sua melhor...

E mais masculina imagem!

Reencontrar-me só...

Escrever palavras

Aquelas que não são jogadas

Aos quatro ventos.

Exultar só para mim

Coisas do amor...

Voar e encontrar a lua crescente

Renovar as minhas fases!

Numa brisa, num sonho, no sono,

Num paraíso próprio talvez!


-Clécia-





A CAÇADA


Sou o julgo de mim

Caço restos de sentimentos

Adulterados, perdidos no prazo

Perderam-se longíquos...

Meu tempo, meu espaço.

As setas com carinho

Lancei...Voltaram todas!

Mas sem mágoas...

Sou a caça de mim

Morrerei assim

Não por orgulho...

Seria uma proteção insana?

Mas sei de minhas lutas...

Guerreira que sou de mim!


-Clécia-



RESUMO


Rabisco os transtornos

Protagonista que sou

Dos meus próprios sonhos.

Esconderijo poético

Secretamente pinto

A versão que me condiz...

Para matar a saudade

Somente por desdém

Humilhar os maus pensamentos

Esconjurar os demônios.


-Clécia-

ESCRITO


Já estava escrito...

Que nesses encontros

Não por acasos encontros...

Os encantos...Desabrocham

Flores multicores e lindas!

A nossa alma voa sonhos

Escritos, benditos e sedutores.

Acredito que na lei dos amores

Aquela que não se desobedece

Se vive, se aceita, se renova,

À medida que surgem os amantes!


-Clécia-

domingo, 20 de setembro de 2009


ESPELHO


Do começo ao fim

Sou que em mim reconheço

A melhor imagem que mereço

Desconheço que se passa

E passa por mim, o endereço

Fios de cabelos

Perfis tons carmins

Marfins de rostos

Do inverso até a mim...


Tradução, emoções musculares

Ternas e iradas descobertas

Retroceder é palavra nua

Já que imagino a imagem tua!


Mas espelho não fala

E em silêncio sorrir...

Vitrais iluminados ou penumbras

Figurados do que sou de ti!


-Clécia-

TEMPERATURA


Minha cabeça na ação imaginária

Desbota minha temperatura

Ora é retina, ora é hibernária

Oscila entre viver e sonhar

Esquecer ou lembrar

Submergir ou emergir

Transformar ou transtornar...

Resultantes de perigos

Súbitos sustos repetidos.

A minha alma encosta

Na beira "alta" dos abismos

Contornos de temperatura

Próxima de trinta e nove graus!

Mas as implosões impotentes

Detonam a direção apática

Vou, vou mudar!


-Clécia-

CHÃO AROMÁTICO


A chuva que cai assim perfumada

No ar se desfaz aroma de chão molhado.

Cheiro de barro despoluido

O aroma igual as lágrimas

Decorridas em manhãs setembrinas

Feitas de um quê de pecado

Descarregado em pensamentos soltos.

Tem também cheiro terra...

Pois assim como cristais de areia

Em mim já se cristalizou.

Seria a chuva um sinal?

Que a saudade veio me despertar?


-Clécia-




PARTITURAS


Decodifique meu código

Como se estivesse escrito

Numa partitura a música

Não mais que a mais exótica.

Trêmula por um amor

Contínuo, silencioso, nervoso.

Dedilhe meus códigos...

Obseve assim as cores

Cada nota musical

A tomar rumos que vibram.

Não só a sonoridade será ouvida,

Mas toda a emoção vivida!

Só não esqueça, meu código...

Está na mente e no silêncio escrito!


-Clécia-



DELICADA


Amor! Veja...Como me encontro!

A vela acesa tem mais brilho

Na palidez que me encontro.

Sou um mar sem ondas;

Uma pluma leve aos ventos;

Considero-me tão fraca!

Sem segurar meu tempo,

A insistência dos desejos

Torna-me cruel comigo...

Estou me sufocando aos poucos.

Se alguma vez fui feliz...

O momento se esqueceu

De passar por mim outra vez!


-Clécia-


NOSSO SOL


O rumo de nossa vida

Se acende nas manhãs.

O nosso sol é aquele

Que desperta a mente,

Se enche de energia

Vibração de músicas internas,

Com a prima visão...

O amor importante;

Os outros se preenchem aos poucos.

O perfume mais próximo

Com igual forma...

Respira conosco os desejos

Aqueles mais vitais...

Existir, sentir, ouvir, degustar;

A dádiva divina do sol

A iluminar outra vez a vida!


-Clécia-

sábado, 19 de setembro de 2009


SEDUZA SEU OLHAR...


A verdade é que qualquer convite

Deixa a curiosidade...

No mínimo "curiosa"!

A fascinação disso, que diga!

Imagine-se numa leitura...

Instigante, redondante,

Que envolve a mente

Modo pelo qual as palavras

Escorrem, deslizam, bailam,

Ligam umbilicalmente...

Você a "ela"...O tempo?

É mero acontecimento!

Confirmo que ler um bom livro...

"Dar aquele frio que percorre a espinha"!

Sintir assim...Só comparo...

Aos encontros de amores "súbitos"

Mas que sempre nos surpreendem!


-Clécia-


O PODER MASCULINO


Que há de novo em ser sangue masculino?

Um perfume forte?

Uma palavra marcante?

Um olhar que percorre solto pelo corpo...

Desenhando os detalhes da sedução feminina?

O arrepio que deixa nisso! É indiscutível!

Mas há homens que emocionam uma mulher!

Aqueles ditos próximos do perfeito!

Aguça o olhar, o ouvir, o tocar...

Os sentidos...Um fascínio seduzido!

Rendido! O que fazer com esse poder?

Responder será apenas um detalhe...

Doar a correspondência disso

Numa linda forma feminina de encaixe.

O feitiche necessário para o "poder másculo"

Ser literalmente atiçado, realçado,

Revitalizado, amado, acarinhado,

Pertinho, junto, pelos deuses abençoado!


Um brinde e salve, salve o poder masculino!


-Clécia-

EU CREIO...


"Assim na terra como no céu.."

Creio! Creio que Deus

Foi o tutor de tudo isso!

Que realmente escreveu,

Um poeta entre tantos e eternizados!

Creio que os anjos estão próximos

Queimando corações...

Com lances certeiros

Toda a emoção que o amor é real.

Creio que Deus pintou

Perfeitamente os seres vivos

Multicores em telas visíveis e invisíveis!

Creio na minha concepção por "dois anjos"

Refazendo o que Deus determinou...

"Crescei e multiplicai"...

Creio meu Senhor Deus em tudo

Descrito, escrito e firmado...

Para a tua mão, meu beijo!

Para a teu desejo, minha obediência!

Para o teu amor por mim, minha vida!


-Clécia Santos-


SUPLÍCIO


A saudade chora mares

Ondas suicidas em patamares

Envolventes, espumantes,

Seduzindo até o ardor do olhar.


A saudade como um imã

Atrai nesses mares, um talismã

Sangrando a visão...Um aço visível

O que lembra de relance o inevitável.


Algum dia a saudade como o mar

Vai tornar sangria do amar

A vazão maior de tanta saudade!


Algum dia a saudade como ondas

Vai tornar a quebradeira delas...

O suicídio de toda e qualquer solidão!


-Clécia Santos-



INSPIRAÇÃO


A força que vale magia

Mora, molha, malha,

Banha de suor

Por todos os lados

Meus neurônios.

O que fica? Qual a razão?

Nenhuma que me esforce...

É a inspiração a fluidez

Que me explode a face.

Sou latente, sou grito,

Invade simples assim celular

Pulsante e viva!


-Clécia-

SOSSEGO


Bem baixinho e aos sussurros

Dê-me PAZ

Abrace de mansinho

Para não machucar

Um coração assim

Tão quente, tão fogo!

Sopres no meu ouvido

Um ar só teu

Aroma só teu!

Seja mesmo em sonho

Em pensamento

A calmaria do meu tormento.

Mesmo assim

Distante e telepático

Me afague sim

Com tua visão!


-Clécia-

SAMBA NÃO! MAS PIZZA?


Quando sobrevivi dos holocaustos

As mágoas que a vida desdenha

Não sambei a canção dos ventos

Nem amanheci teclando os mesmos sonhos!


Escutei a voz da razão e do perdão

Humilhei os meus ouvidos, a emoção,

Retornei a música romântica...Anos e anos!

Bebi os vinhos doados e divinos!


A paz se é engano...

Muitas vezes...Acaba em pizza

Sendo assim, qualquer sabor, passa.


Aqui nesse coração...

Não espaço para o samba...

Só sossego em corda bamba!


-Clécia-

SONETO DO INFINITO


Jamais cai nos abismos

A não ser em sonhos

Os pecados reais

Peço perdão iguais!


Jamais vi um infinito...

A não ser em túneis de gritos

Onde se esconde meu juizo

Início de meu paraíso!


Jamais amei tanto

A não ser os perigos...

Que encontro no teu abraço!


Jamais chorei tanto

A não ser do desejo...

Que encontro em amor mormaço!


-Clécia Santos-

Amigos, visitantes e seguidores, meu muito obrigada! Um pedido...Se gostaram desse cantinho poético, voltem sempre, estou orgulhosa desse carinho! Só um lembrete...
Aqui...eu tiro da cabeça a ira, a tristeza, a solidão, a incerteza, os medos!Sou realmente A ANGEL, o codinome e o personagem que criei na minha vida, meu refúgio e o anjo que me conduz para desufocar o meu GRITO!



Clécia Santos(ANGEL)

ABRAÇO


Ah! Que o abraço nos faz!

Um e outro corpo

Unidos, singelos, sinceros,

Verdades e verdades

São ditas nos abraços.

Coisas de amizades;

Coisas de paixões;

Coisas de amor;

Os corpos unidos, ligados,

Num silêncio momentâneo

Dizem e dizem...

Que ao calor da emoção...

Somos o que transmitimos!


-Clécia-