segunda-feira, 31 de agosto de 2009


EXÓTICA


Sonho de uma noite tom violeta...

Secretos desejos que morrem aqui

Confia, acredita, aceita!


Diga só uma palavra chave...

Para que revele o que traduzo aqui

Código, anjo, sonho...destrave!


Desfaça meu enígma...

Solucione meus mistérios

Lagos e lagos gelados

A mercê do tempo e do nada!


-Clécia-

AR PERFUMADO


Sensível como pétalas

Perfumado o ar noturno

Adormece comigo...

Fetiche de um amor

Exótico, fechado

Acorrentado dentro de mim.


Sensível como um verso livre

Introspectivo, tudo o que há aqui

Perfumados encantos

Sonhos do amor

Dormente de desejo

Diluindo aos ares o que existe em mim.


Sensível como romances

Daqueles que se olham

Se beijam um perfume

Hálitos doces

Voláteis amores

Instantes mágicos que vagam assim!


-Clécia-

CIÚME DE VOCÊ


O silêncio quis explodir

Impaciente, quis gritar

Todo o ciúme de você!

Desvairado e estupido

Rompeu quente, pulsante

Sangrando tudo o que foi omisso.

Mas só despropósito!

Mastiguei a vontade

Chorei emudecida

Aceitei a distância

Caí nessa tal realidade

Apaguei escondida a chama

Todo o ciúme de você!


~Clécia-




AGOSTO - UMA DESPEDIDA


Meus olhos se inspiram no mês de agosto!

Só as madrugadas dizem que sim...

Uma tonalidade de cor roxa

Um verde da folha do trevo

Um sonho sem fim

Uma flor de cor carmim.

Como tecer cada dia de agosto?

Beijos de romances roucos

Loucos por noites uivando,

Ventos de chuvas e sóis,

Calmas e vozes delirantes,

Alegrias e medos em conflitos,

Flores coloridas infinitas

Fontes de girassóis!

Ah! Que as lobas se despeçam amantes!

E os homens com versos de amores!

Ah! Como é gostosa e gigante...

Toda a sedução no mês de agosto!


-Clécia-



ENCANTADORAS OU MONÓTONAS


Siga a vida na simples memória

Da sua própria existência

Espalhe o seu melhor sorriso

Que ele seja sincero.

A amizade é um passe livre

Aquela que você escolhe.

Como os caminhos que percorre

Junto as suas escolhas

Fazem o percurso de sua vida.

Não existem pessoas más ou boas,

Não as descarte e nem as selecione.

Pessoas são assim como se mostram

Podem ser encantadoras ou monótonas.

Ame a si mesmo e ao próximo

Espalhe assim, seu melhor sorriso!


-Clécia-

domingo, 30 de agosto de 2009


POEIRA CÓSMICA



As estrelas brilham no universo


Os planetas são por elas iluminados


Observamos alguns sem o piscar de luzes


Param sob a visão nos magnetizando!


Fantásticas como os planetas...


São as pessoas que nos permitem


Seu magnetismo, seu toque.


Longe ou perto, favorecem ou não


Nossas ações, nossos sentimentos.


Se fossemos considerar a beleza


Científica de nossa origem...


Seríamos feitos de poeira cósmica!


Assim, como as estrelas, os planetas,


Cometas, meteoros e outros astros


Finitos e infinitos do universos...


Nós seres vivos, seres humanos


Por comparação, seríamos filhos


Gerados de sonhos astrais!


Qual? Qual pedaço estaria DEUS?


A razão maior de tudo isso?



-Clécia-

TÃO DOCE COMO O MELAÇO DE CANA


Ah! Estes romances que simplesmente guardo!

É a junção de sabor doce do caldo de cana

Com o gosto delicioso dos amores correspondidos...

Bom de ver, de sentir, de beijar, de ouvir

Quero só descrever todo esse sabor

Aos poucos, destilando somente amor.



Ah! O amor quando não é mão única!

Não se abandona, não se omite, não se nega...

E como é tão doce como um melaço de cana!

Mostre-me quem já não se lambuzou?

Um amor assim sem ser muito pegajoso...

Tudos querem ter, mesmo só um pouco!


-Clécia-

A POESIA QUE É AMAR


Venha assim sutil

Beirando meus dias cruéis

Amenize as marcas

Deixadas pela vida;

Arraste com o seu encanto

Medo de nós dois!


Venha assim de surpresa

Sorria comigo do nada

Chame só um pouco

Meu nome;

Arraste para longe

A solidão de nós dois!


Venha assim sem te ver

Deixe digitada uma palavra

Aquela que tantas vezes omitiu

O amor sublime;

Arraste para a poesia

O pensamento só de nós dois!


Venha assim sussurro

Segrede só para mim

O sentimento louco

Devaneos lindos e soltos;

Arraste para as nuvens

O silêncio gelado de nós dois!


-Clécia-

SONHO À DOIS


Sonhei no limite

Entre o real e a nuvem...

Senti seu sorriso

Aquele sabor de menta

Que sempre mergulho

Mesmo em pensamento!

Teu braço forte

Segurou meu ombro

Num sinal de proteção.

Como sou assim

Complemente apaixonada

Te abracei em silêncio

Mas lá no íntimo

Dizia muito: Te amo!

Uma pena que sonhos

Deixa-nos incompletos

Se quebram e se vão com nuvens!


-Clécia-


NEGO


Não poluo sua vida

Nem tão pouco sua página.

Nossa história é acaso

Um palpitar louco

Nem mesmo sabemos

Como, nem onde, nem o por quê.

Mas podemos ser?

Mas não esqueço...

Pouco sei de você

Não, não sei se mereço!

Penso, omito, não nego...

Fantasias loucas de você.

Não me reconheço, não nego...

Sou viva chama do QUERER

Traço sonhos maculados

Vários provérbios, livres e soltos

Brigo, nego, mas sou alma

Corpo verso de VOCÊ!


-Clécia-

sábado, 29 de agosto de 2009


PALPITE


Sei que sou nada

Mas um nada, tão forte!

No meu silêncio sou você!

No meu sorriso sou você!

Sinto sua alma, seu pulsar

Seu tempero, seu ar

Sinônimo dessa magia

Entre mesma sintonia.

Mesmo sendo nada

Seu olhar, seu vibrar

Seu clima, seu ar

Qualquer coisa que sinta

Alegria ou espinho...

São bem claros em mim

Você meu diagnóstico!


Ah! Esqueço não de dizer...

EU por VOCÊ...seu diagnóstico!


-Clécia-

PARÁBOLA


Antes de mim...

Deus, tu soubesse antes de mim.

Que sou sem ti?

Alma vazia, sem palavra, sem noção.

Por ti minha luz, minha dor, meu amor.

Sou sua videira, aquela que deu frutos

Que aos ventos e infortúnios

Sorri, ama, sobrevive...

Se assim não fosse,

Que graça teria tudo isso?

Tua mão é obra prima

Quadro natural, mão divina!

Sou sim, tua videira

Pecado original, mal definida

Mas perdoa, noite e dia, meus pecados!

O amor, bem sabe senhor

Sempre foi o maior!

Se minhas lágrimas molhassem

Meus ramos tortos

Na teimosia que sou...

Daí ainda brotaria, o amor!


-Clécia-

H1N1- O VÍRUS FRIO


Sendo um vírus, como todo o vírus

Cristal, frio, imperfeito

Calculista, assombroso

Meticuloso, doentil.

Um frio vírus

Como tantos que surgiram.

Esse mais que os outros

Mata aos poucos

A chama do amor

Aquela do carinho,

Do abraço, aperto de mão,

Beijo leve ou declarado.

É um H de hipócrita

Um N de negação.

O vírus do anticalor!

Quando? Quando? Quando?

Será feito o seu extermínio?


-Clécia-

sexta-feira, 28 de agosto de 2009



AVENIDA




Bem perto, observa-se


Singular avenida


Dupla face


Com dupla mão.




Aquela que circula-se


Dupla vezes


Como dupla emoção.




Uma avenida como um coração


Dupla comparação


Idas e vindas, só solidão!




-Clécia-

SONHO TÍMIDO


Hoje te ofereço a timidez

O sorriso medroso

Melaço de meu amor natural!

Hoje a noite é quente...

Mas o frio se confunde

Com o nervoso

Vontade que te pede para mim!

Hoje te ofereço o meu olhar

Um verde que escorrega

Foge para encontrar o teu!

Hoje as músicas nem são suaves

Mas minha mente

Só escuta a canção

Cantarolada de teus lábios!

Hoje te ofereço um encontro

Aquele que em constância

Totalmente subconsciente...

Se demora e se concretiza nos sonhos!


-Clécia-

DESEJO SUFOCADO


Ah Esta dor no peito!

A vontade insana...

Que não tem mais jeito.

Uma impaciência rasgada

Estreitando tudo num aperto.

Morro, morro, morro

Me desabando de tal maneira

Num grito engasgado

Dormente, sufocado.

Ah! Este desejo que arde agora!

Deseja dizer muito...

Morre em segredo

Por ser assim decretado!


-Clécia-

quinta-feira, 27 de agosto de 2009


ELEMENTOS


Sou TUDO do NADA

Que sou...

Cruel...Te desgoverno.

Um anjo...Te protejo.

Um pirilampo...Te dou luz.

Uma fada...Te encanto.

Um grito...Te chamo.

Uma nuvem... Te dissipo.

Uma fera...Te devoro.

Um perfume...Te inebrio.

Um vírus...Te deixo febril.

Sou água...Te mergulho.

Sou terra...Te floreço.

Sou ar...Te envolvo.

Sou fogo...EU TE AMO!


-Clécia Santos-



Obs:Presente no livro FLOR DE CACTUS, 2º edição,

à venda nas livrarias Siciliano.

CHEGUE


Seja suave e leve...

Guarde-me encostada

Ao teu lado esquerdo...

Desejo que tudo seja breve.

Uma dor profunda

Um gozo assim talvez!

Que a liberdade me sorria

Encantando a todos

Na loucura ou devaneos

Sonhados, ditos ou reecritos.

Por Cristo e por sua compaixão

A hora que eu o veja

Sedutora como sempre fui...

Minha voz mesmo nervosa

Diga memórias do amor

Que em mim restou!


-Clécia-

A FÚRIA


Entre nós seres humanos

Uma das piores condenações

Foi criada por nós mesmos.

Que desumano feito

Com efeito de fúria

Viola todo o encanto

Que possa surgir!

É muito claro que o dinheiro

É a fúria, vendaval de tantos

Sofrimentos e infortunios.

Gera a violência, a maldade

Os juros altos, a ambição

A sobrevivência desproporcional,

A maldade, o roubo,

A guerra, o sufoco, o medo,

A tempestade, a calamidade,

A corrupção, a antivida.

Quem foi o louco que criou a moeda?

Quem foi o louco que acabou o encanto?

Que fim levou o tesouro mais valioso?

Por um fio de esperança...

Brindamos a sobrevivência do amor

Entre nós seres humanos!


-Clécia-

SINTONIA


Observo teu olhar como pouso leve

Mil borboletas em nossa volta;

Como um beijo gostoso

Totalmente concretizado;

Como um sussurro bom

Sonho dos ventos uivantes;

Como uma sintonia silenciosa

Muitas palavras ditas e omissas;

Como uma das belas poesias

Ouvidas, conhecidas, escritas;

Somos nesses olhares...

Tudo e nada em nossa volta

O agora é nesse momento;

A felicidade sorrir...

Ama, é paz, plenitude

É o universo só nosso!


-Clécia-

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


O MEDO


De quê te escondes?

De quê tem receio?

Como um sentimento ruim

Te rejeito, te evito...

Mas o medo é implacável

Submisso a covardia

Se espreita entre a dúvida.

Mas como um cálice de vinho

Guarda no seu sabor, segredos...

Te saudo, te mereço.

Só o amor para quebrar

Teu gelo, tua plenitude.

Pois junto ao brilho do amor

Viria também a brancura da paz!

Se uma floresta tivesse...

Certamente te daria

Em cada cor de pétala

A beleza da pureza delas!


-Clécia-

Poemas e poesias mais visitados

-Autobiografia
-O anjo de mim
-Explendor
-O Julgo
-Um pé de nada
-Metamorphosis e necrosis
-Nós e nós
-Nebulosa
-A noite é dos anjos
-Ser necessário
-Introspecção
-Planeta Alfa
-Transpirar
-Voz
-Disforme
-A sombra
-Luzir
-Embalar
-Humilhação
-Enígma
-O operador
-A felicidade é azul
-Borboleta
-Orvalho
-O aluno
-Tatuagem
-Alma mulher
-Agosto de sol e chuva
-Corpos nus
-Facetas
-Seivar
-Retrato
-Poema do deslumbramento

Obs: Um diagnóstico visual...Sempre e sempre OBRIGADA!

terça-feira, 25 de agosto de 2009


A TRAVA


Como descobri uma trava?

Como escapar dos anjos querubins?


Travando um teclado,

Piano ou computador...

Qualquer trava causa

No mínimo uma certa dor.

Uma certa implicância

Dormência de quem já foi

De quem é...

De quem vem travando...

Uma trovoada de angústias

Explodem mil incapacidades.

Mas as piores das travas...

São aquelas que vem humanamente

Nos travando o tempo todo.

São espelhos sem reflexos,

São espectros de sí próprios.

Anjos indesejáveis...

Quem vive travando as outras vidas

São desesperos vivos...

A viver na simples astúcia

Impedindo o fluxo normal

De um fato que nasceu para SER!


Uma simples flor aprisionada

Não deixa de exalar o perfume

Que lhe natural...Imaginem DUAS?


-Clécia-


ROMÂNTICA


Sonhar só mais uma vez sonhar

Não por insistência

Mas por saudade talvez!


Caminhar, voar por entre nuvens

Na penumbra preferida

Tão íntima madrugada!


Transbordar sentimentos

Que assim sonho

Preenche toda minha essência!


Ser só mais uma vez ser

Não por acaso

Um sonho de nuvens...


Mas que poderia ser

Um verdadeiro encontro

Entre nós subconscientes!


-Clécia-


segunda-feira, 24 de agosto de 2009


PROFUNDO



Um mar de turbilhões pensamentos

A música que Deus nos preparou

O sonho que já se inspirou

As nuvens que são movimentos!



Sugestões das baladas canções

Os enígmas não decifrados

A inspiração dos apaixonados!



A vida que sempre surpreende

Os olhares que falam palavras

O caminho que nos apreende!



-Clécia-

CANÇÃO DOS APAIXONADOS


Amar, amar e amar

Remar, remar e remar

Permanecer um oceano

Sentar nas nuvens

Sonhar abrigos

Abraçar o vento

Sofrer sozinho e à dois

Pensar que pensam à dois

Ser e se ver sempre à dois.

Refelxos são reflexos

Olhares são olhares

Abraços são abraços

Mas beijos são beijos só à dois!

Amores são amores

Mais amores, amores

Só se encontraram nos corações

Apaixonados de quem são dois!


-Clécia-

ALMA POÉTICA


Boemia de uma visão

Sensível prisma

Canto a canto do coração.

Um extremo e um ínfimo

Um estreito e um mar

Uma estrela e um infinito

São toques da emoção

Na alma poética.

Sensibilidade à flor da pele

Desafia noites e dias

Numa madrugada sonolenta.

Seu caminho...

As pedras viram flores

O sofrer vira inspiração

A vida vira um sonho

O lamento uma canção!


-Clécia-

DELIZAR POR SONHOS


Escrevi nos sonhos

A beleza subconsciente

Sonhos acordados

Remanescidos que restaram.

Deslizei valsando

Closes da felicidade

Momentânea observada

Na vereda displicente

Um sonho sonhado.

Suavemente vislubrei

Séculos sem fim

A cortina desajada

Um sonho deslizado

Mas bem mágico

Guardado em mim.

Mas sonhos são sonhos

Não residem demoras

Se despertam ao barulho

Mínimo do rumor

De uma vida e vão embora!


-Clécia-

sábado, 22 de agosto de 2009


A FALTA


Escute a canção

Música erudita

Vinda da falta

Bruta, oculta, bandida!

Oh! Impiedoso coração!

Por quê tanto amor grita!

Rumores de uma ausênciia tão ouvida!

Orquestra mágica

Pássaros, grilos, ninfos.

A ausência é silêncio universal

O medo da solidão

Confins emudecidos

Banidos e malditos!


-Clécia Santos-

A RODA



Todo o círculo descreve um ciclo

De um ponto finito a outro

São elos unidos

Fechados em algemas

Um ponto início

Um meio que é o encontro

Um fim que é o fechamento.

A roda da vida apresenta sentimentos

Firmes compromissos

Que exalam a união

Perfumes predestinados

Mesmo aqueles por acaso.

A roda gira tantas

E tantas canções...

Cantigas lindas e de infância...

A roda que os planetas giram,

A roda que rodopiamos ao sol,

A roda que a Terra

Descreve por si própria,

A roda que gira a fortuna

São números efêmeros

Já muito desafortunados!

Final, meio ou começo...

Um rabisco de um coração

Liga-nos do começo ao fim

A simbologia biológica

Que estamos vivos...

Circulando por vários ciclos

A gira roda, roda...

Rotina das horas

Do começo até o fim!


-Clécia-

"Aos visitantes deste blogger o meu abraço caloroso,

aqui estou EU de novo a escrever um pouco da gratidão

por seus olhares...recebi uma cartinha de uma aluna

Tânia, da escola municipal onde trabalho, achei por

bem reescreva-la na íntegra:

"Uma linda história de vida se escreve com palavras e atos de amor e muita

dedicação e apesar do conjunto ser o principal, todo capítulo tem seu valor

são etapas desse caminho que envolvem e conquiistam um espaço no coração

de quem a lê. E a sua história já está recheada de belíssimos momentos,

com o sorriso de seus alunos(as) que adoram escutar suas histórias. Mas

esta narrativa está apenas no começo, porque nós seus alunos(as), estamos

determinados a ir adiante aplicando o nosso carinho, animação,e claro a

união, porque no fundo tem uma linda história é o que você merece.


Insista, persista e jamais desista...Nunca deixe de tentar, pois todos que tentaram

conseguiram"


Um lindo presente este que recebi, obrigada!"

Clécia Santos

obs: A foto acima foi tirada em 2008 numa aula passeio.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009


DE UMA JULIETA PARA UM ROMEU


Não sou nem Julieta

Nem você é Romeu.

Mas sob Shakespeariana

Visão e impossibilidade

Meu encontro com o amor

Sempre beira o proibido.

Um perfume que só percebo

Quando o ar me inspirou.

Mas é acordar belos altares

Degustar manjares

Tocar a primavera

Sonhar mesmo outuno

Que as flores colorem.

O amor é romantico

Cego, forte, gostoso!

Aqueles proibidos então!

Um pecado só de pensar!

Não sou Julieta

Nem você é Romeu.

Mas somos frutos vivos

Nos patamares dos amores

Condenados e proibidos!

Aí do aí de mim

Que morro assim!


-Clécia-


CONTINUAR É PRECISO


Viver não mais que viver

Esperar, esperar

Sentada, observando

Através da janela

O desenrolar da vida!

"Jamais" prima do "nunca"

Desistir! Persistir!

Perseverá um dia após outro

Como se um segundo

Fosse só um talvez!

As histórias se entrelaçam

Sejam por acaso for...

Escritas, conduzidas, esbarradas

Coloridas formas diversas.

Uma bomba a explodir

Qualquer momento de nosso

Momento movimento.

O risco dos abismos guardados

São portais habitados

Por nós mesmos.

Ainda e portanto lúcidos

Continuar é preciso...

E viver na luta...

É ter a fé de continuar!


-Clécia-


Obs: Inspirado em histórias da vida real, "Verônica Decide Morrer" onde tantas procuram desistir de viver, mas só Deus

tem o controle da VIDA!



IMAGINAÇÃO




Por quê te guardo assim?


Tão vivo e tão próximo


Rastros dos dias meus?


Por que não esqueço?


A memória sublime memória


Adormece mas acorda


Tão lúcida lembrança...


Teu calor, teu olhar.


Súbita constância


Só minha imaginação


Preparando mais uma esperança!


Se assim for...


Agora, digo a mim mesma


Não, não desejo te esquecer!




-Clécia-

SERTANEJO


Um sertanejo não é fraco!

Desbravador, forte, surrado.

O sol aquece o corpo suado

Fortalece seu cansaço

Como se seus raios

Fertilizassem o vigor.

Tantos e tantos sertanejos

Por aí nordeste à fora...

Brasil à fora...

Espalham a força de seu trabalho!

Úteis! Essa palavra abrange tudo

Que se pode dizer!

Que o reconhecimento do senhor

Esteja com todos vocês!

O sertanejo é acima de tudo, um forte!


-Clécia Santos-

ILHAS


Sonhar, sonhar, sonhar

Muitas vezes sonhar...

Mesmo se em ilhas parar

Sobreviver, ser feliz!

Colorir seu dia

Seus dias, seu tempo.

Ocupar os espaços

Que se encontram ilhados

Sombrios, despreparados...

Com a utilidade de seus braços.

Habitar os céus

Que se encontram ao léu

A mercê do esquecimento

Com bons pensamentos.

Correr, correr, correr,

Fugir das ilhas imaginárias.

Essas que mesmo em sonhos

Nos fazem desacreditar

Qualquer tipo de fé.

Irradie a luz do amor

A força se encontra

No refúgio próximo...

Desabitado de ilhas

Mesmo aquelas sonhadas!


-Clécia-




quinta-feira, 20 de agosto de 2009


LAMURIAS NA CRIAÇÃO


Um certo dia ou foi um dia talvez

Verdade ou faz de conta...

Um caso aconteceu, um diálogo.

Quem escreveu ou repassou

Se similar coisa ocorreu

Muito temos que refletir:

Uma vez o homem com Deus

Falava, discutia, fazia negociação.

O fato era que Deus predestinou

Muito educadamente a idade

Até a qual viveriam alguns animais.

Ao homem, estipulou um tempo

Até os 30 anos, assim, viveria

Bem, bonito, vigoroso, lúcido.

Ao burro estipulou a idade de 50 anos...

Mas o burrinho contestou

Pediu ao senhor uns 30 anos

A carga lhe seria pesada.

Ao cão, Deus lhe presenteou

Uns 30 anos e disse-lhe

"É muito, mas terás que ser obediente

Fiel ao seu dono, além de laber

Suas mãos e ser submisso."

O cão, contestou e pediu só uns dez.

Para o macaco, Deus falou

Quase matematicamente

"Viverás uns 50 anos...

Imitarás o homem até na idade,

Além de pular de galho em galho

Para assim alegrá-lo".

Mas o macaco pediu ao senhor

Apenas uns 30 anos de vida

Pois iria viver bobo, de forma indígna.

O homem inteligente como é...

Pediu a Deus os anos que sobraram

No tempo de vida dos animais.

Assim usou a somatória:

Trinta anos dele próprio,

Vinte que restou do burro.

Vinte que restou do cão

E por fim, vinte do macaco.

Depois de pensar um pouco

Deus, como vocês sabem de bom coração...

Aceitou, mas também jogou ao homem

No seu destino um pouco da sina

Ora boa e ora ruim, dos animais repartida.

Imaginem que situação!

Até uns 30 anos- Um homem vigoroso!

Dos 30 aos 50 anos-Um verdadeiro "burro de carga!"

Dos 50 aos 70 anos- Um verdadeiro "cão de guarda!"

E por fim dos 70 aos 90 anos- Um homem 'caduco!"


-Clécia Santos-


Obs: Adaptação poética para o texto de Xavier Marques - "A vida do homem",Manual para redação, um achado de meu irmão Cleto, com um "desafio"para a minha imaginação!

LUZ DO ENTARDECER


Por quê vai embora luz do dia?

Fica um pouco mais

Ilumine ainda o sorriso

Daqueles entardecidos

Onde a saudade

Se disfaz e já chora!

Permanece na história

Fecunda dos que nasceram

A luz de sua hora...

Brilha um pouco mais

Volta o seu vermelho quente

Aqueça fervilhando

Servil olhos, inebriados

Embebidos por esta beleza!

Mas qual nada!

O dia irradia na sua plenitude

Mais depois, quer sossego

Vai dormir ou quer ir embora!


-Clécia-



BEM MAIOR QUE O SILÊNCIO


Existe por aí pedaços espalhados

Bem maior que o silêncio...

Sentimento infinito

Indescritível, misterioso.

Não há vento que possa abraçar

Não há espaço que possa ocupar

Nem canções de pássaros

Bonitas, sonoras e raras;

Nem todas as ondas dos mares

Poderíam quebrar;

Nem o fogo dos riscos

Das tempestades;

As estrelas que brilham

Constelações...Nem isso!

Nem isso poderia alcançar

Um sentimento, apenas um

Que é maior até que o silêncio.

Este que DEUS semeou

Que se chama: AMOR!


-Clécia-

quarta-feira, 19 de agosto de 2009


AUTOBIOGRAFIA


Uma aquarela tem várias cores...

Diferentes, cada uma delas

Preferidas, cada uma preferência

Características próprias!

Cetim ou rispidez

Depende do prisma

A razão de quem as VÊ.

Ainda alma pouco iluminada

Percebi a aquarela

Vida minha

Exóticas avenidas

Embora estreitas

Perfeitamente contornáveis!

Desafios fios à fios

Tecidas por mim...

Aquarelas letras

Se revelam em códigos

Canto a canto de mim.

Quero até certo ponto

Ser aquarela assim...

Depois quero descansar

Iluminar e imortalizar

Versos para ti!


-Clécia-

A CARTA


Meu bem, escrevo-lhe com saudade!

A cada despertar penso em você

Penso que pensa em mim

Que estou de qualquer maneira

Dentro de sua memória

Ocupando seus lindos olhos

Formato a miude, a miude.

Tenho você cada instante

Como minha inspiração maior!

Lembre-se que não vou dizer: Te amo!

Sou teimosa, orgulhosa, até dificil...

Como dizer: Te amo?

Se você descobre através de meus olhos!

Sabe que lhe vejo, só tenho olhos para VOCÊ!

Meu olhar é leal, repete sempre

E sempre detalhes seus...

Meu olhar é egoísta por você!

Não imagine outra coisa,

Apesar de tudo e de todos que nos circulam

Você tem importância fundamental

Na volta de minha inspiração poética.

Um sabor bem perto do que é viver!

Aqui, dedico-lhe palavras ditas

Além daquelas omitidas nesta carta!


-Clécia-

CANÇÃO



Nossos olhos cantam

Namoram, observam,

Viajam, admiram,

Esperam, procuram...

Mas se encontram

Nelas...nas flores!

Assim se inspiram...

Criam e recriam...

Canções de amores!



-Clécia-

A INSPIRAÇÃO E O SONO



A inspiração brincou comigo

Deitou e rolou feito

"Um bebezinho sem sono".

Virei e revirei

Tapei os ouvidos

Tentei e insisti

Para o sono vir...

Mas em vão!

Expirei, expirei,

Não sufoquei!

Sonolenta, a minha alma

Brincou também com ela!


-Cléca-

NINFAS

Pessoinha minúscula

Paz no caminhar

Lindas, delicadas, perfeitas,

Sorridentes ou tristonhas...

Partem da história mitológica

Fertilizando a imaginação

Genuina humana.

Sonhos de fadinhas

Multicoloridas,

Divindades pequenas

Pequeninhas, abrilhantando

As plantas dos leitos dos rios.


-Clécia-

PELE



Entre os poros


Processos invisíveis


Pulsantes e clandestinos


Vibra a química


Transparente


Que percorre solta


Me fascina


Me estremece


E me alucina...


Vulcânica? Exótica?


Borbulhante? Feminina?



-Clécia-

terça-feira, 18 de agosto de 2009



O PALCO




A vida nos é um palco


Onde "a arte imita a vida"


"A vida imita a arte..."


Similares trocadilhos


São confirmados no dia a dia.


Quando espectadores observamos


A vida de uma janela...


Quando não, são nossas ações


Compartilhadas, vividas,


Analisadas, aplaudidas,


Ou então mais ainda aclamadas.


Mas se ocorre o contrário...


Nem sempre estamos preparados


Nem sempre estamos prontos


Para receber críticas,


Mesmo as mais bem intencionadas.


Ficamos num palco, esperando


Constantemente o reconhecimento,


O carinho dos aplausos,


O calor das mãos do outro,


Flores que representam a vitória.


Mas a vida nos exige mais realidade


Assim, um bom "ator"


Para garantir o seu lugar nessa "peça'


Terá vários caminhos para escolher:


Fé em DEUS, na vida e em si mesmo;


O amor pelo que faz e no que poderá fazer;


Realizar transformações e ser humilde!




-Clécia-







CÓDIGO 70...


Um súbito encontro!

Um número quase cabalístico

Perfumado entre minhas mãos

Digitado, marcado, segredado.

Nossos códigos são números

Só nossos, fechados...

Próprios cofres

Memorizados, tatuados

Entre os neurônios.

Um código assim desperta

No mínimo curiosidade!

Meu olhar apronta cada uma comigo!

Só eu sei! O quanto custa!

Mas sei que um dia direi...

Numa entrevista qualquer

O significado desse código

Desse número na minha lista!

Será real? Ou mesmo imaginário?


-Clécia-

O ANJO DE MIM



Sou laço de mim


Aprisionada


Algema necessária


Áurea submissa


Asas protetoras


Num ciclo


Ponteiro de relógio


Protetor movimento


Que setas voltaram


Cupido de mim mesma!



-Clécia-

ROSAS DE AGOSTO


A juventude já me aperta

Se despedaça em pétalas de rosas

As tempestades de uma maturidade

Tão íntima, tão cósmica

Me habita, me segreda,

Condiz ao que me aponta

Feito um poema, uma poesia,

Canção singela, angelical.

Sem máscaras, nem perfeição

Despetala-me aos ventos

Levando ao longe lembranças

A pureza de botão

Sonhos adolescentes

Máculas desilusões

Manchas que ficaram

Das marcas têmporas

Que aos poucos desabrocham!


-Clécia-



EXPLENDOR


Constantemente encontro-me com DEUS.

Sim, ele se encontra nas coisas mais simples

Que estam em nossa volta....

Num semblante de olhar meigo,

Na natureza que nos sorrir,

Num dia muito claro, ensolarado.

Mas também nas almas puras

Num dia chuvoso, nublado.

A luz de DEUS não se apaga

Não nos despreza, nem angustia.

É a liberdade do nosso caminhar

Percurso árduo nos dias de trabalho

Destino primo que nos foi criado.

Mas a felicidade pode está bem próxima...

Nem percebemos, a descartamos

Na cegueira de consumir ou do poder.

Encontre-se com a luz de sua volta...

Ela é doada pela luz dos olhos do senhor

Criador de TUDO...De maneira LIVRE.

Totalmente doação...Quem encontrar

Este olhar, será ABENÇOADO,

Perdoado, encontrará o PARAÍSO.

O explendor se encontra no seu CORAÇÃO!


-Clécia Santos-


segunda-feira, 17 de agosto de 2009


UM SILÊNCIO SEM VOCÊ


Sem sua presença...

A alegria é sem sorriso,

As noites mais longas,

A saudade é viva

Maciça e cristalina.


Sem sua presença...

As músicas são sem rítmos

As letras são desmotivas

A saudade é ousada

Engloba e é rotina.


Sem sua presença...

A palidez de minha alma

Se destaca,

Sou parafina solta...

A saudade se agiganta!


Sem você...

Sem sorriso, sou saudade!


-Clécia-