quinta-feira, 13 de agosto de 2009


O RIO PITANGUI




Observa-se em Pitangui

Um rio escondido a verter.

Vertendo alegria líquida,

Energia contida em partículas

Banhando água, incorporando vida.




De ribanceira abaixo

Pequena queda d´agua

Descendo corrente

Levando água barrenta

Gosto de solo solto.




Desce forte buscando mar

Correndo folhagem de plantas

Num rumo único

Puxando as que querem ficar

Também as que querem partir.




Os pássaros gorgeiam em bandos

Baixam voos bicando água

Saciando a sede do calor do sol

Banhando suas asas secas

Beijam o rio, levantam voo.




Entre arvoredos agrestes...

Mangas, cajus, serguelas...

O rio irriga raízes

Transformando-se em seivas

Perfazendo ciclo energético.




O rio corre leve

Ondula alargando o mar

Abrindo em leque

Seus brios e riquezas

Vida que há de levar.




A fluidez do encontro

São águas, natureza

Destilando líquido térmico

Banhos entre forças

Amores da correnteza.


-Clécia Santos-



Obs:O poema acima foi publicado numa coletânea

de poetas, Nós Fazemos Linguagem, editora EDUFRN.

A foto foi um presente da amiga Vera Lúcia, geógrafa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo o comentário, que sempre vem acompanhado de carinho!

Bjos...