sexta-feira, 14 de agosto de 2009


CAMINHO DA ÁGUA


Deverá haver um céu espaço

Que possa abraçar

O povo do meu nordeste

Que tantas batalhas travam.

Caminho, sofrer, lágrima...

São andarilhos da rotina

De sol, da temperatura, do tropeço...

Homem, mulher, menino!

A água neste meio

Vira metal precioso...

Alegria, água, alegria!

Ir em sua busca é preciso

É uma luta o peso

Mas o peso é preciso,

O caminho é longo

Meu padim Ciço!

Eu, o corpo, caminho

Sigo, corto o caminho

Mas, o caminho me corta

Corta meus pés

Minha tez

Meu juízo.

Sei não, sei não!

Meu irmão!

Por quanto tempo ainda

A sede irá suportar

O caminho irá acabar.

Qual saída encontrar?

A água mata a sede

Sede morta é VIDA!

Mas a seca viva vai matando

O pouco de vida que resta...

E o que resta agora

É o caminho!


Clécia Santos-


Obs: Publicado no livro: FLOR DE CACTUS,

a capa está na foto acima.O livro continua

à venda na livraria Siciliano.







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo o comentário, que sempre vem acompanhado de carinho!

Bjos...