quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

MINHA CANÇÃO DE EXÍLIO


Minha casa não tem palmeiras
Mas há canteiros de rotina
Entre muretas e cercas elétricas
De centuriões em sentinelas
Anjos invisíveis talvez!

Minha vida se encontra assim
Entre o medo e o sobressalto
Beirando fatos de violência
Onde só pedindo clemência
Talvez aja uma solução!

Minha cidade se fecha cada dia
Entre murais, vidraças e grades
Na ilusão de que estamos guardados
Nessa versão de falta de segurança
E aja aja nesses dias esperança!

Tenho vontade de voltar
Aos tempos de criança
Que nem muito longe está
Apenas para dar minhas saídas
Deste caos à beira mar!

Como toda a canção de exílio
Peço licença e não vou me estender
Vou repetir mais uma vez
Chega! Chega! Queremos liberdade!
Sair das prisões domiciliares!

Clécia Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pelo o comentário, que sempre vem acompanhado de carinho!

Bjos...