sábado, 31 de janeiro de 2015

NEM TODO O FIM É ADEUS


Cantei a mais linda melodia de amor
Só para te esquecer!
Paraíso? Jamais esquecerei!
Voltas e voltas que a vida fez...
Quando voltavas e ias...
Quantas e quantas vezes!
Ah! A canção mais que um karaokê
Muito me dizia de adeus
Para meus olhos lagrimejarem
Para ficar de coração apertado.
Mas que amor de lutas solitárias!
Vou tentar pensar noutros horizontes
Aqueles de final de filmes fantásticos!
Gritei: Ah! Chega! O que tiver de ser...
Sei que será! Vou trocar de música.
Hoje canto a mais louca canção...
Só para te chamar a atenção!

Clécia Santos

Obs: Inspirado em boas lembranças, amores platônicos, amores correspondidos,despedidas e recomeços. Foto copiada do perfil do amigo João Bosco.


DESPERTAR



No raiar do dia
Meu despertar...Vem dos arredores.
O cantarolar dos pássaros,
Sinfonia em bandas diversas,
O som de vôos de asas.
Seriam afinal anjos?
Então o sol banha a janela,
Clareando o quarto
Sem ser necessário
Uma luz que seja outra.
Fico quieta, permito-me
Ouvir o som externo.
O calor que sobe...
De vez em quando.
A magia quebra-se
Ao sons de buzinas,
Pneus, celulares, rumores...
De que tudo recomeça.
É! É hora de fazer o café!

Clécia Santos

SAUDADE



Quando vejo o dia amanhecer 
A coisa mais comum é lembrar você.
Você que por mim passou, sorriu,
Abraçou e gerou tudo de bom...
Que é a saudade.
Vejo que a lembrança aviva 
Situações banais...Um aperto de mão,
Um sussurro, um largo sorriso...
Sem contar aquele olhar básico,
Silencioso, mas que dizia muito.
Quem? Quem não tem lembranças?
De alguém que já preencheu...
Um lugar especial no coração?


Clécia Santos

Obs: Minha homenagem ao dia da saudade, 30 de janeiro.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

VIDA



Vida,vida minha
Cabe dentro da mão...
Das mãos de Deus
Poder e significância.
Sopro, vento fugaz
Que se demore
No risco de voar
Levar folhas,fé,
Vidas! Vida, vida minha
Cabe dentro do coração
Generoso coração
De quem sabe amar...
Dando tal significância.
Quero ficar, quero luzir!

Clécia Santos


SOU MENINA


Para a mente não se cresce
Um lampejo divino, diz assim:
Menina do início ao fim...
Dias e noites, se enternece.

Mesmo dentro de atropelos
De profundos recomeços.
Dormir e sonhar retrocessos.
E despertar. Sou eu, vou vencê-los!

Sou menina, cada manhã
Num renovar de dor
Minha vida é afã.

Sou menina, toda noite lunar
Num renovar de amor...
Viajante de meu sonhar.

Clécia Santos


"Tempo é uma concepção que os homens criaram " Oyko Ono.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

RÓTULO




O quê nos diz
O que era?
Era isso
Ou era aquilo?
O quê nos garante 
O hoje? Se o que foi...
Tinha aroma,
Era bonito e gracioso?
O agora é rótulo
Mais que efêmero...
Perfume de ares
Que pode ser extinto.
Livros, laços e flores 
Desgastadas ou envelhecidas.
O quê porém nos resta
São boas lembranças
A filosofia dos bons tempos...


Clécia Santos

NECESSÁRIO


Levo...O quê for necessário
Minha escova de dentes,
A sandália, poucas roupas
Um brilho labial, o óculos.

Do tempo, levo pouco
Para destituir o passado
De forma árida, sem choro
Nem adeus negado.

O que é necessário
Vejo dentro do peito
O enorme caminho.

Porque o que for necessário
Levarei do tempo...
Que transcorre sozinho

Clécia Santos.






quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

FLOCOS DE AMOR


Na minha ansiedade feminina
Nem tão pouco sedutora...
Rabisquei mil poemas
Rasquei todos em mil pedaços.
Perdida entre você e você...
Entre nuvens de algodão
Entre nuvens e nuvens de ilusão
Perdida, flutuando flocos...
De perfeitos pensamentos
Amantes de seus gestos
Aqueles mínimos
Aqueles de último encontro
Aqueles de pedaços de lampejos...
Apenas detalhes de olhares
Flocos de amor...
Flocos de nuvens
Flocos de sonhos, acordada!

Clécia Santos

NATURAL


AMOR


NUNCA


ROSAS


SEGUIR...






Enquanto me encontro
De rolo com as paredes de meu quarto
Mil pensamentos povoam
Em se abrigar intrínsecos.
Passeando horas
Nesse leito em desalinho...
Resistindo mesmo ao burburinho
Da chuva e sem sono.
Segundo por segundo
Os sentimentos até gritam
Nesse ocaso acesso.
É briga de transtornos e medos
Metros de ambos.
Sem sucesso para a dupla...
Madrugada bate a porta
O corpo já exausto pede um basta!
Então nas peripécias noturnas
De "gritos" e "desafios"
Desço até Morfeu, me entrego
Felicidade? Abre a janela, me espera!

Clécia Santos

SONHAR TEUS OLHOS...



Teus olhos me chamam
Falam tudo o que posso decifrar
Música preferida de meus sonhos.

Teus olhos me amam
Dizem coisas de carinho
Dançam comigo nos sonhos.

Teus olhos me atraem
Amantes, adormecem ao lado...
De meus sonhos suaves.

Teus olhos tímidos...
São irreverentes e impacientes
Quando me desnuda em sonhos.

As cifras de teus olhos
Cantam todo amor que desenha
Entre eu, as nuvens e os sonhos.

Pois bem sabemos que todo sonho
De certa forma, além de líbido...
Entre nossos olhos é infinito!

Clécia Santos

SEGUNDO ESTÁGIO


Onde me encontro 
Não há desvios
A reta é exata...
Matemática até.
Sublimes pensamentos
De onde me encontro 
Que a própria razão 
Já me espreita 
Já me obriga...
Ajeita-te, ajeita-te 
Já não és reflexo...
No turbilhão onde 
Eu simples, me encontro.


Clécia Santos





Truculento
Enrosco-me
Nó a nó
Debruço-me
Entrenós
Nós dos nós
Comum
Incômodo
Ogro
Signo
Odioso.

Clécia Santos

Obs: Mesmo entre entrenós, há flores!

sábado, 10 de janeiro de 2015

O PÔR DO SOL ENTRE DUNAS


É meu espetáculo privado
Vê-lo assim sideral
Bem pertinho de meu espaço
Viver e se encantar Natal.

Perder-se nessa doce visão
Entre nuvens e arvoredos
Pensar e se transportar emoção
Viver e ser feliz, não é brinquedo!

Meu espaço se reluz...
Em cada anoitecer
Em cada pôr do sol...É luz!

Minha cidade querida é luz...
Nas dunas, no entardecer
Natal, para ti sou andaluz!

Clécia Santos


A LUA, EU E A MADRUGADA


Iluminadamente lua
Ocupa meia noite
Inspiradora, na calçada
Na beira da estrada
Na janela, toda dela...
No olhar sem sessar
Toda ela, enigmática. 
Na madrugada, única...
Brilhante espectro solar
Ponte entre a poesia e poetas.
Só ela! Só ela, não!
A lua, a madrugada e eu!


Clécia Santos

PAIXÃO...


Por escadarias te segui
Numa fuga louca
Para me desnudar rubra
Para te envolver 
Para te beijar sem horas marcadas.
Marcar teus lábios pouco a pouco
Deixar-te em apuros
Ou quase desespero.
Quem sabe assim 
Teu pensamento volta-se
A minha silhueta 
Todo instante que passares
Degrau por degrau...
A paixão, a sedução, abraços
Nas miudezas suaves e rudes
Desses momentos só nossos!


Clécia Santos

JANELAS


Abrem-se ao seu dispor...
De tantas cores, dissabores 
De tantos sonhos, esperanças.
As janelas têm sinônimos 
Delas próprias...Identificam almas...
Diversas e diferentes.
Abrem-se sem medos
E maquinam junto a algo
Sem nenhum propósito.
Elas? Só escutam,
Observam, gélidas, talvez.
Fecham-se, é noite.
Tendenciosas, as janelas...
Guardam e nos revelam
Efêmeros e grandes segredos.


Clécia Santos

domingo, 4 de janeiro de 2015

VOAR...


Quisera ter sonhos turbulentos
Infames e imprevisíveis sonhos
Onde teu corpo me surpreendesse
Onde teu lábio me procurasse...

Quisera ter sonhos ruidosos
Inconstantes e fugazes
Onde teu sussurro me acordasse
Onde teu despertar e persuadisse.

Voaríamos secretamente em sonetos
De sonhos iguais e únicos
Entre nuvens de puro amor!

Voaríamos verdadeiramente silêncios
A fala universal dos corpos
Eternos sons do amor ao amor!

Clécia Santos

Obs: Sobre a foto acima...No recente trabalho da dupla de fotógrafos russos Andrey Yakovlev e Aleeva Lili, modelos foram transformados em pinturas vivas. Com uma requintada técnica. Pesquisa feita pela amiga Erilva Leite.

UM ANJO AZUL


Onde encontrar? Um desses anjos...
Aqueles que têm um rosto qualquer
Simples, comum, atencioso,
Que esteja próximo, deixando
Um clima diferente, harmônico,
Um astral divino! Mas onde encontrar?

Seria um presente! Encontrar esse anjo.
Se procuro...Sei, um dia vou pelo menos,
Nos meus sonhos...Naqueles sonos leves,
Com gosto de "Ah! Quero mais!"

Não, não sei onde estará! Esse anjo azul.
Aquele que deixou-me com essa saudade,
Escondida nas estrelas, entre a lua
As nebulosas nuvens, nas noites chuvosas.
Em que só o frio faz parte dessa rotina
Mormaço real dessa busca mais que divina!

Seria um presente! Encontrar esse anjo.
Se procuro...Sei, um dia vou pelo menos,
Nos meus sonhos...Naqueles sonos leves,
Com gosto de "Ah! Quero mais!" "Vou achar!"

Clécia Santos

A CHUVA VEM CHEGANDO...


Ela vem chegando...
Gota a gota, esfriando
Como prata no coração
Molhando doce, o chão.

Espalha-se nublando o céu
Guerreando com o sol ao léu
Ponto a ponto do espaço
Feito gotas, passo a passo.

Embora aos poucos, aqui
Molha o chão, logo ali
E também molhar meu olhar...

Num domingo a quem gostar
Chover fino, é romântico! 
E deixa espaço a quem amar...


Clécia Santos