terça-feira, 30 de março de 2010


LOUCURA?...

Meu Deus! Espero!
Que, se por acaso, aconteça...
No auge de minha demência,
A lembrança do que escrevi,
Dos amores que vivi,
Das histórias que memorizei
Dos livros que li!

-Clécia-

UM PÃO NOSSO DE CADA DIA (É PÁSCOA)!

Pai nosso que está no céu, nos dê a força...
Para enfrentar os agitos da vida!
Nos dai hoje, paciência para entender...
A nós mesmos e ao próximo!
Seja feita, não a nossa, mas a sua vontade...
De justiça, de amor, de crescimento,
De amadurecimento, de discernimento
Para separar o bem, do mau
Como tentamos separar o choio do trigo!
Pai, nos oferte com o suor de nosso rosto
O pão, na humildade, na solidariedade,
Sem o egoísmo e sem a ambição!
Que nestes dias, de reflexão...
O pai nosso que está no céu,
Não seja só o agora, de imediato,
Como uma forma de simplesmente
Amar e perdoar, hoje...Só no período da Páscoa
E logo após, tudo cair no esquecimento!
Que o nosso pai compartilhado
Em diversas línguas, em diversas formas...
Esteja presente, no nosso coração!

-Clécia-

segunda-feira, 29 de março de 2010

CONTO: Um outono de decisões


Era um outono, as folhas de acácias se destacavam como borboletas aos ventos, as flores se desfaziam em pétalas, deixando um tapete no chão em cores vivas, ora em cor amarelo, ora em cor lilás. Nesta atmosfera romântica, de brisa leve, de aroma dos campos, as pousadas próximas das praias estavam com poucos turistas, ocupando-as. Mas William, um contador e sócio de uma cadeia de hotéis e pousadas no litoral brasileiro, resolveu fechar alguns negócios, longe do centro urbano.
William, era divorciado, estava nesse sentido livre de compromissos familiares, e numa reunião com os sócios, revolveu que iria fazer a viagem. Tinha cabelos grisalhos, apesar de novo ainda, estatura mediana,olhos castanhos,um sinal discreto no rosto do lado esquerdo e um sorriso marcante.
Tinha vontade de conhecer as praias do nordeste, com a oportunidade oferecida, não questionou, tomou um avião, num voo mesmo comercial. Ao desembarcar, fretou um táxi rumo as pousadas contactadas. Se deslumbrou com a bela visão. Quando desceu do carro, verificou que no povoado próximo haviam muitos grupinhos de galeras com jeito de quem curtiam drogas. As gírias, os gestos, o caminhar dessa galera chamava a atenção das pessoas que circulavam.
Andou apressado, observou garotos e garotas ali, no consumo de drogas, desde a idade de onze até uns vinte anos. Apressou ainda mais os passos, mas foi abordado, por uma delas.
-Ei, tio, quer me ajudar, hoje?
Ele foi indiferente, caminhou mais rápido, sem olhar para trás ou para os lados. A garota continuou em seu objetivo de pedir uma ajuda, assim, sustentava, talvez a compra de suas drogas.
-Oi, tio, para um pouco, vai! Gostaria de me ajudar? Você não quer fazer um amorsinho comigo? Será bom, eu sei!
William franziu a testa, um suor frio lhe desceu pelo corpo, se preocupou com aquela oferta alí, em pleno dia, objetiva, sem nenhum propósito, a não ser a intenção de receber dinheiro para o consumo da droga.
Andou sempre sem olhar para aquela voz feminina, quase infantil, que o abordava. De repente, parou, observando a menina que insistia neste intento quase surreal para ele. Ela era alta, corpo franzino, pele morena do sol, cabelos na altura dos ombros, castanhos e encaracolados, aparentava uns dezesseis anos. A beleza rude das feições daquela garota, deixava claro a falta de vaidade, num short azul e numa camiseta branca. O cheiro característico de cigarro fluia pelo ar.
Ele a fitou um pouco, achou que a vida castigou aquela garota pela péssima escolha que tinha feito. E principalmente, naquela condição de vender o seu corpo em troca de alguns trocados. E indagou:
-Por que você faz esse tipo de coisa?
-Ora moço, preciso, comer,me vestir, pegar ônibus e outras coisas, né?
-Mas você consume drogas, não é?
-Não muito, sou uma gorota controlada.
-Você sabia se eu for pego contigo, vai dar problemas para mim?
-Vai nada! Já andei com outros e não deu problema, não, moço.
- Olha, eu sou mais velho que você, tenho compromissos de trabalho por aqui. Mas fico triste com a sua história, menina.
-Que história, moço? Quero só ganhar alguns trocados. Só isso!
Ela já ia se afastando, quando William, falou:
-Olha, espere, vou resolver alguns problemas. Mas espere ali, naquela praça. Mais tarde se você ainda tiver por lá, lhe levo, ok?
-Ok! Tá certo,moço, vou esperar.
O contador caminhou pelo lugarejo, resolveu os fatos pendentes. Parou num local em que haviam uns taxisistas, falou demoradamente com um deles. Os dois gesticulavam, falavam por vezes alto, um balançou a cabeça(O taxisista) e William,tocou de leve no ombro dele, falava como se tivesse combinando algo importante, do tipo, convencimento.Então, o taxisista concordou finalmente. O taxi seguiu até aquela pracinha de acácias amarelas, de flores caiadas ao chão, com aquela menina ansiosa à espera de mais uma aventura.
Ao chegar próximo da praça, William acenou, ela entrou no carro e seguiram o percurso em silêncio. Um pouco distante dali, o taxisista adentrou num ambiente de muro alto, paredes brancas, calmo, bonito, arejado, com uma piscina ao lado esquerdo e uma enorme casa de arquitetura simples. E na faixada, escrito em letras garrafais:Clínica de Reabilitação de Dependentes Químicos...

-Clécia-

TROVA- MISTURA DA TPM COM A IRA DE MULHER CASADA


Estava no sofá em pleno domingão,
Um amigo veio lhe chamar
Para tomar uns quentões
Lá no boteco do Jaguar.

O homem saiu com o visinho
Todo faceiro, todo prosa...
Afinal de contas, a mulher
Tinha ido ao supermercado.

Quando a dita cuja chegou
E o marido não encontrou
Disse para si mesma:
É hoje que a palha voa!

E deu nove, deu dez, deu onze
E nada do beberrão voltar.
Mas, lá prás tantas horas,
Hora de madrugar...

Chegou sorrateiro,
Tentando em nada bater.
Para não acordar a mulher
Silêncio, tudo mudo!

Deitou-se devagar de baixo
Daquele famoso edredom.
Mas a mulher feito uma ninja
De um filme norte americano...

Deu um salto para fora,
Pegou um abajur que não era
Da cor de carne, mandou ver
Naquela maior algazarra!

O coitado, ora caia de trêbado
Ora por causa de algo
Que o alcançava. Mesmo trôpego,
Falou desengonçado:

-Ave maria mulher, virgem!
Será que você esqueceu?
Estava lá na esquina do Dirceu
Comprando o comprimido da sua TPM!

-Clécia-

domingo, 28 de março de 2010


APELO PARA O BEM QUERER

Ah! O meu bem querer
Não quer me dizer
Que amor é o que sente
Em silêncio me omite...
E o quê eu vou fazer?

Uma trova de apelo
Desse bem querer tão querido,
Fazer uma reza, um pedido:
Volte, mande um recado,
Ou mesmo um sim, muito bem esquecido.

Ah! O meu bem querer
Tá difícil de se resolver
Deixa o meu coração a ferver
Dando uns disparos de sofrer
Por este carinho, este querer.

Ah! Vou jogar a toalha, é meu receio!
Pois num piscar de olhos, eu mareio
A saudade é muita! Mas vou bater o martelo:
Amor, ou você vem ou vou sair de chinelo
Encontro outro bem e te deixo no perdido!

-Clécia-

O EU INCONSCIENTE...

Por veredas andei por terras de um amor sem fim!
Ultrapassei o limite de meu ser,
Carreguei nos ombros a luta da vida
Ao deslizar do suor sofrido e idealizado,
Minhas mãos pegaram a enxada,
Rompendo a terra de barro
Na agricultura das terras de meu pai.
Me revoltei, sofri, chorei, estudei,
Fui à luta! Me formei, formei uma família
Onde o meu amor maior de meus lábios,
Saia só a minha MARIA, nem meu nome era JOSÉ...
Mas convivi tantos anos enlaçados nessa mulher,
Que me deu amor, filhos, carinho, vitórias!
Hoje, estou assim, acamado, introspectivo,
Pensativo de mim mesmo, falo com os olhos,
Ah! Como desejo sair pelos corredores correndo!
Me libertar desses tubos que fazem por mim,
O que meu corpo não responde mais.
Como gostaria de abraçar meus filhos,
Minha filha, meus netos e netas!
Mas amarrado ao leito, como posso fazer?
Nesses meus delírios entre o sono dopado
Sonhos lindos e coloridos que tenho dormindo
Ou mesmo acordado, sinto a falta de um livro,
Da caneta, de meus papéis, do que escrevia,
E lembro do carinho e da dedicação...
Em que com toda a emoção despertei a educação
Dessa família que me honra e me dar saudade
Dos risos, das festas, das comemorações!
Hoje, hoje, me encarrego aos poucos e sem saber
Até onde agradecer a Deus por tantos presentes
Na vida, ele me deu! Mas assim, dopado de medicamentos
Só tenho a vontade de dizer e chamar pelo nome
Daquela mulher que dediquei o meu corpo,
E que ainda por ela me arrasto em viver: MARIA, MARIA!

-Clécia-

Obs: Dedicado ao meu pai Rogério, observando e reconduzindo em um poema, em um talvez um pouco ousado, o seu pensar hoje numa cama de hospital!

OS SINOS DA PÁSCOA...


Nesse tilintar de sinos que se aproximam, revendo o renascimento de Cristo, que nossa capacidade de ouvir, compreender, perdoar, fazer a caridade seja multiplicada como o corpo e o sangue de Jesus em busca de uma reflexão. Pensar que os sentimentos estão acima do materialismo, do egoísmo e da ganância.
A reflexão nos faz lembrar que uma autoanálise é muito importante. As palavras, o pensamento têm uma força incrível e nessa vida, o que deixamos para trás são feitos de gestos e exemplos. Que nesta páscoa o mundo se volte para as coisas do bem, com o bem e para o bem!
Que os sinos que anunciam a proximidade do reviver mais uma vez do sofrimento de Cristo, na cruz para a nossa salvação e libertação, despertem para as coisas simples, o amor ao próximo e a justiça entre todos os povos no mundo inteiro!


-Clécia-

sábado, 27 de março de 2010

CONTO: A ATROPELADA


Minha gente esta narrativa de estradas, de viagens, de aventuras, parece até conversa de pescador! Mas as coisas acontecem naturalmente, sem percebermos, sem eira e nem beira, de supetão, rápidas como um cometa que não pede licença e passa deixando um rastro. Aqui a lembrança de um fato contado, acontecido e verídico, de certo modo engraçado, nem trágico e nem cômico. Numa dessas aventuras, em que rapazes e moças, viajam na aventurança para chegar até um pequeno sítio, situado lá pras brenhas do nordeste brasileiro, em busca também de rever alguns familiares queridos.
A estrada depois de uma BR, era de total desconforto para o carro que em terreno de um barro socado, passava por um povoado de pequenas casas e outros sítios aqui e ali. Ora era larga, ora era estreita. Dentro do carro, estavam três tripulantes, um jovem que o guiava com todo o cuidado, outro trás de carona e uma moça ao lado do condutor, faziam parte da mesma família. Já que ela, o irmão e o primo, estavam nessa, de rever os avós e outros primos. O carro sofria, se contorcia, deslizava, fugia de uma poça de lama vermelha, devido a impermeabilidade daquele solo.
Estavam ouvindo um som alto, de um grupo de forró, conhecido como Limão com Mel, divertiam-se, sorriam, contavam as fofocas que se passaram na semana, brincava. No meio desse caminho, o carro disputava com animais diversos, a beirada da estradinha, como patos, guinés, galos, galinhas, cobras, porcos, bois mansos, etc. Era um anoitecer de um sábado e a escuridão já se fazia presente. De repente, um barulho chamou a atenção dos três neste caminhos. Pararam, desceram e foram verificar o que tinha acontecido. Achavam que era o pneu do carro que tinha estourado. Mas que nada!
Ali bem debaixo da roda dianteira esquerda do carro, tinha nada menos do que uma pobre galinha atropelada. Tadinha da galinha caipira! Não dava mais para salvá~la, seu pescoço e a cabeça bem decepados. Eles entreolharam-se, querendo buscar uma solução para o tal atropelamento, deixavam a atropelada ali, ou fazia outra coisa? Logo, o primo dos irmãos teve a ideia, já que não dava para salvá-la, iriam levá-la para comê-la.
Coitadinha da galinha que foi atropelada, só tinha uma vida, não era uma "vida gato", a sua alma passou desta para o céu dos animais, parou dentro de uma panela, enchendo a pança daquela família que se deliciou apetitosamente de seus restos mortais.

-Clécia Santos-

FADAS E POESIA

Risonhas figuras fantasias
Minúsculos sonhos exóticos
Que a sua magia se reflete em poesias
Na luz colorida de pirilampos...

Fazendo-nos, mesmo adultos, adormecer
Em nuvens de leveza, pensar
Que nada está perdido, e dizer:
-Deixarei a magia reviver, vou amar!

As criaturinhas rondam-nos na madrugada
Como cósmica luz dispersa
Entre as estrelas e o prisma...

Espreitam o sono de nossa estrada
Deixam o rastro de uma alegria incontida...
Multiplicada por sorrisos nas noites de lua!

-Clécia Santos-

sexta-feira, 26 de março de 2010


MICROCONTO: DEUS NOS AGUDA!!

E vem aí de novo, nos megafones: Funks, axés, etc...E tudo isso misturado as campanhas eleitorais. Aja coração para suportar! O repeteco!

-Clécia-

quarta-feira, 24 de março de 2010

CONTO: AS ESMERALDAS ERAM VERMELHAS


Um grande amor, não se divide, é químico, atraído, complexo, se correspondido se completam. Já ouvimos falar por aí, um amor quando é grande, bem vivido na sua intensidade, não se esquece. Já outros dizem:" Um amor só é esquecido com outro maior!"; " A fila anda"...
Assim as histórias têm tantos começos, meios, fins, desvios, desencontros, encontros,reencontros. São nessas vírgulas que uma boa história de amor deve ter a essência de que um coração sente, palpita, explode, não se oculta. Deve se observar bem quem está próximo, rondando, observando que ele, o amor, pode acontecer a qualquer momento da vida!E numa linda tarde de verão, aquela moça, alva, de traços delicados, olhos verdes, como duas esmeraldas a saltar de olhos expressivos, conheceu Rafael. Ele, alto, de corpo forte, simpático, sorridente, atencioso com os clientes, com o cargo de gerente, realmente tinha que ser, estava vendendo o perfil do banco em que trabalhava.
Foram olhares trocados, de relances contínuos e descontínuos. Mas logo, logo, bateu algo inexplicável, vontade de conhecer, de pegar na mão, de estarem mais e mais próximos. Ela observou uma aliança, fina, discreta na mão direita de Rafael. Ficou com ar meio desolado, quis sair dali, de frente daquele homem, perfumado, agradável, amável, mas continuou a conversa sobre empréstimos, tipo CDC.
Rafael, gostou de Cíntia também, viu que não havia nenhuma aliança em sua mão e na entrevista do cadastro, descobriu que ela era solteira. E conversa vai, conversa vem, trocaram os números dos celulares; quem sabia para um encontro?
Alguns meses passaram, Cíntia e Rafael, tornaram-se amantes. Sim, amantes! Devido ao noivado de Rafael, Cíntia procurava-o na maior discrição. Porém, ambos cometeram uma grave e perigosa atitude, não usavam preservativos. E num desses encontros, Cíntia, nervosa, revelou para o Rafael que havia engravidado. A relação dos dois ficou bastante tumultuada. Brigas, acusações, medos, inseguranças, ciúmes, encontros, desencontros, vexames, retiradas bruscas de lugares em que iam juntos e finalmente, resolveram romper.
Num entardecer bonito, de nuvens avermelhadas, final de expediente bancário e do comércio, agitação das ruas, o que é comum nas grandes metrópolis, se ouviu um estampido de bala, correria, tumulto, gritos, empurra, empurra, medo de balas perdidas, gente se jogando no chão. De repente, uma poça de sangue na porta de uma banco. E se interrogavam: -Foi um assalto? Foi um assalto? Mas perplexos, viram um homem, aparentemente alto, nem gordo, nem magro, com uma discreta aliança do lado
esquerdo da mão, sangrando. O povo gritava: -Chamem uma ambulância! Uma ambulância!
Ao lado do corpo agonizante, ajoelhada, tremula, uma moça pálida, de feições delicadas, grávida(nos seus últimos meses), chorava, gritava, se desesperava, passava o sangue do amado no rosto, chamava-o. Tarde demais, Rafael, já estava morto! E alguém aproximou-se para ampará-la e perguntou: -Você o conhecia?
Ela aos prantos respondeu sussurrando:
-Mataram o meu amor, o meu verdadeiro amor!
Cíntia, uma linda jovem, alva, grávida, de olhos de esmeraldas, banhada de sangue, exibia entre esta cena da horror, uma aliança, fina, discreta, em sua mão esquerda.

-Clécia-

OCULTO

Todo pensamento gera a revelação
De que omitimos algo
Verdadeiro ou falso, uma emoção!

-Clécia-

VIDA MANSA

Sentir o vento de sombras de árvores
Respirar cem por cento, o oxigênio,
Deitar, relaxar, saborear, o fruto disso!

-Clécia-

ALMA E ENERGIA

Calor interior, sopro, fonte
Respira, pensa, bate forte,
A magia de luz é vida!

-Clécia-

ÓCULOS

São cristais de vidros
Indiretamente frios
Ocultar? Os olhos de quem os lê!

-Clécia-

terça-feira, 23 de março de 2010


PURPURINA E SEDUÇÃO

Entre o corpo e a alma, risos e emoções,
O corpo diz: É aqui, sou o teu espelho!
E medidas, silhuetas, cores, brilho,
Se espalham tecidas em sedas, a comunhão!
Malhas, malhamos, vestimos e despimos,
Os opacos olhares, que dizem-te um não!
Mas há outros que te cercam, te exibem,
Te elogiam e te decretam, é sim, mesmo
Sendo um instante, destilando-te suor
Em perfeita e em êxtase, aquela sedução!
E alma sem trauma de um amor ser volátil,
Sem um brio, um pudor sequer,
Voa, quem diria, em pó,
E aos ventos, mesmo purpurina,
No brilho do fogo de súbito rancor:
Sou corpo, batom, beijo, matéria,
O que faço, não levo, mas sinto,
O que sou? Apenas lembrança...
De um SIM ou de um não!

-Angel-

A VOZ DO CORAÇÃO...

Se tiver algo escondido na alma,
Escute a voz de teu coração...Te acalma,
Ele revelará o que for para o teu bem!

-Angel-

O CELULAR

Alô! O teu celular diz mudo
O teu sinal profundo
Indivisível de teu sabor negado!

-Angel-

segunda-feira, 22 de março de 2010


FUNK DA LUA

Vi a lua fase meia, meia lua,
Corri até a janela
Cliquei com mil e uma ideia
E vejam o que deu: Oh! Lua bela...

Que saída de uma nuvem, sorriu nua
Para eu incontida a clicá-la
Tremi, estremeci até o chão, mas a ideia
Não me caiu não...E sorriu a poesia!

E criei um funk da lua na imensidão
Brinquei que estavas a me olhar
A brilhar meu chão, chão, chão...
Oh! Lua meia, meia lua, vou te amar.

Pois aqui nessa solidão em que estou
Maravilhar com otimismo, eu vou
Para abrilhantar a galera, eu vou
E clicar o seu sorriso, eu vou!

E criei um funk da lua na imensidão
Brinquei que estavas a me olhar
A brilhar meu chão, chão, chão...
Oh! Lua meia, meia lua, vou te amar.


-Angel-

Obs: Dedico este cordel em rítmo de um funk em homenagem a minha amiga carioca, Luzia, pelo seu próximo aniversário, dia 26/03, com todo o carinho que a mesma merece, por ser uma poetisa "talentosa mermo"(termo de uso pelo povo carioca)! Uma resposta amável, as criações dessa poetisa!

-Angel-

domingo, 21 de março de 2010


COM AMOR- FLORES...

O carinho vem de mansinho,
Delicado gosto de sentimento,
Qualquer que seja ele...
Bem recebido, bem vindo,
Absorvido no olhar
Nos gestos de promover
Numa forma de perfume de flores
Um querer bem
Do bem querer
Um bem amado
Dos bons amantes.
O quê as cores das flores
Com amor ofertadas
Querem dizer? Nem percebemos...
Mas das vermelhas da paixão
Até as amarelas, sinônimo de amizade,
O meu bem querer em recebê-las:
O mesmo, repito em pétalas...
Bem me quer e bem me quer!

-Angel-

QUALIDADE DE UM CORAÇÃO

Não se mede o amor, não se consegue pegar
Não se sente por quem palpita,
É terreno que não se pisa!

-Angel-

TEIMOSIA...

Abalei as estruturas de meu ser,
E um vento, ventania, levou-me
Infinitas vezes até onde...
Onde está você?
Por quê não me fala?
Não me manda um torpedo?
Gerando a minha teimosia?
E quem sabe a sua teimosia
Em se orgulhar de me fazer
Viajar em inúmeras fantasias
Só para tentar explicar...
A ausência de acontecimentos
Inexplicáveis de nós dois
Ou a persistência de meu pensamento
Em querer ver a qualquer custo
Alguma coisa, um sinal, um até logo,
Uma palavra qualquer, mesmo sendo de susto!

-Angel-

sábado, 20 de março de 2010


BEBI AS PALAVRAS...

O coração palpita, grita, chora, sofre,
Se agita, mas se contém. Então se bebe...
Totalmente as palavras. E em silêncio, soluça!

-Angel-

sexta-feira, 19 de março de 2010


BOA LEMBRANÇA...

Não deveríamos nos entristecer com uma lembrança que é boa,
E sim, sorrir de mansinho para que este sorriso chegue até a luz das estrelas,
E que o seu brilho nos retorne em forma de sorriso!

-Angel-

O BEM...

Não se preocupe em desvendar o mistério de teus sonhos,
Pois o melhor de tua vida, acontece...
Todos os dias, ao encontrar o bem...

-Angel-

quinta-feira, 18 de março de 2010


SUSSURROS DA SOLIDÃO...

Está na solidão é ser a paz,
melodia de palavras ensurdecidas,
Nos sopros e suspiros de DEUS.

-Angel-

quarta-feira, 17 de março de 2010


O AMANHECER DIVINO...

Amanhecerei na prontidão da luz da estrela maior
Ouvirei, mesmo longe, o canto dos pardais
Verei, ao abrir os olhos, de relance...
A primeira pessoa que gostaria de ver,
Bocejando, gracejando, me olhando também.

Amanhecerei criando, como sempre, fantasias
Vou fazer isso ou aquilo, ou aquilo e isto
Só para preparar a mente, para acendê-la,
Abraçarei preguiçosamente o vento que entra
Sem pedir licença, pela janela.

Ah! O amanhecer é manjar para poucos
Que não conseguem saborear as doces manhãs
E nesta epopéia do sono e do despertar,
Vou pisar o chão frio e aquecê-lo
Com o calor dos meus pés desnudos.

Ah! O amanhecer é a permissão de Deus,
Que bate e rebate na porta de nosso coração.
Quanta magia se vê, se ouve, se sente...
Em cada coração que se abre ao divino!
Só a fantasia de cada um de nós, conta o segredo!

-Angel-

LIBERDADE

Em minha volta vejo que o dia
Abre a janela da liberdade...
Vivê-la é muito bom!

-Angel-

segunda-feira, 15 de março de 2010


ENGRAÇADINHA

Gosto do colo de mãe...
De seu beijo estalado;
De seu cheiro, perfumado;
De seu amor, suspirado;
De seu olhar, demorado;
De seu sorriso, rasgado;
De seu apetite, moderado;
De seu rezar, contrito;
De sua beirada da cama, um leito;
De seu jeito, meigo;
De ser assim, mãe, sorriso;
De ser engraçadinha, um ar fofo!
Ah! Mãe, hoje e sempre...TE AMO!
Gosto de sentir o seu colo!

-Angel-

Obs;Para minha doce mamãe! PARABÉNS!

CONTO: A NOVATA


Numa escola qualquer, destino e endereço incertos, muita coisa, muitos eventos, projetos e trabalho para toda a comunidade escolar. Pois bem, num desses projetos, foi inserido o reconhecimento de uma aula de campo, aquelas em que os professores junto com a equipe técnica da escola, viajam para verificar se seria positivo ou não os alunos fazerem trabalhos interdisciplinares, na observação do meio ambiente e assim, apresentar uma redação, um relatório em grupos.

Então a viagem foi para uma região onde a petrobras fazia a exploração de petróleo, deixando ou não o ambiente estagnado. Este era o objetivo do reconhecimento. Mas entre os professores havia uma novata, jovem, cheia de sonhos, feliz ainda bebê na profissão, cheia de energia, vibrando por ser lembrada para a tal viagem.

Eram ao total, sete profissionais em educação: Três professores, três professoras e uma supervisora. Todos numa kombi, nova, branco e assim mesmo, sem um ar condicionado para um refresco. Pois bem, a viagem foi uma aventura para aquela professorinha, doce e novata.

Mas os professores em quase todas as paradinhas que faziam, inventavam de beliscar uns petiscos, em geral, com bastante gordura, como por exemplo: Queijos de todos os tipos, biscoitos recheados, uma linguicinha, e até uns mais afoitos, escondiam dos outros aquela bicadinha em tomar uma cervejinha bem discreta. Bem longe dos olhos curiosos da supervisora, não era verdade?

Entre uma paradinha e outra a situação se repetia. O ambiente lindo, de praias, mata atlântica, aqui e ali, lamaçal, vegetação típica de agrestes, um verde se contrastando ao olhar seco de plantas já sofridas pela a ação do homem. E portanto, resolveram que não faria a tal viagem em um bis com os alunos, devido aos probleminhas de acesso.

Enfim, retornaram da viagem na bendita kombi, quente por dentro e um enorme sol que castiva todos naquele reconhecimento aventura. Lá para as tantas, começou o desgaste, suor, sono, ressecas de uns, eliminação de gases por outros. E isto ferveu na volta, expeliam tantos gases claros e em subterfúgios que deixou o ar assim, quase insuportável. Aquela professorinha novata, assustada, se contorcia, fechava o nariz, mechia para lá e para cá numa inquietação quase irreconhecível, daquela doce mocinha!

Chegando o local onde iria descer, já tinha suportado tudo de ar poluído que merecia, dos gases expelidos por um de seus amigos professores, que insistiu de fica ao seu lado na viagem de volta. Ela, novata, doce, bem tímida, levantou-se, armando-se de um belo bumbum num short apertado para descer, não se segurou, soltou um pum alto e em bom tom! Meu Deus! E quem foi o contemplado para receber aquela enorme combustão? Seu próprio colega e algoz!

-Angel-

PALAVRAS ALADAS


Se dizes:-Não dar mais! E não me reconheço em tristeza.
O que seria do talvez? Se nem do silêncio vive a solidão?
Mas se apenas um olhar, nos reencontros...
Faz fervilhar um recomeço...
Voltar, retornar, reavaliar, é bom demais!
Então fica o dito pelo não dito!

-Angel-

MÃE - ÉS MARIA TAMBÉM

Uma delicada pessoa
Tão meiga,vaidosa,amorosa,
Um olhar apaixonado,
Pela vida, pela alegria,
Cheia de amor, uma chama
A energia do teu abraço, mãe
Queima, vibra, emociona muito!
Ah! A essência desse teu perfume!
Que bom o teu colo, doce
Afago que guardo da infância.
A força de tua raiz
Bastante e muito bem diz
Se justifica em teu nome, Maria!
Meu conforto, meu porto seguro
Mãe, Maria, mulher!
Meu maior e sublime amor!

-Angel-

Obs: Dedicado a minha querida mãe Maria, pelo seu aniversário.

domingo, 14 de março de 2010


VAGUEI...

Meu espírito solitário
Te sonha todas as noites...
No incansável pensar...
Em tua procura!

-Angel-

sábado, 13 de março de 2010


É POESIA- PARABÉNS

Ah! Viva a doce POESIA!
Energia própria da alegria
O dom maior enviado por DEUS,
Emanada, preenchendo dias meus!

E o que seria de nós, sem ela?
Fantasiando, inspirando, respirando,
Destilando através da visão clara...
Que só o amor pouco a pouco, é construído!

Ah! A poesia é para as estrelas...
Assim como o céu é para aqueles
Que acreditam nas coisas simples
Que só o brilho se encontra nelas!

Nos versos livres ou não...
Os poetas usam cores belas...
Aquarelas, arco-íris, borboletas,
Fadas, beija-flores, só conotação!

O quê dizer então da poesia?
O sublime se fez fantasia
Brindando em sons singelos
O tilintar feliz de paraísos!

O por quê da poesia, não se responde...
Dela e do amor, não se esconde,
Vem e vai, assim, como se a inspiração
Fosse uma alma e um corpo, só emoção!




-Angel-

EM PENSAR NA FELICIDADE...


Que a vida seja de FELICIDADES!

Que o eterno sorriso seja sempre CONTEMPLADO!

Pois a VIDA se encontra num pensamento.

E não devemos esquecer de que onde há um pensar...

Há também um coração lindo que pulsa no amor!


-Angel-

NÃO DEIXE DE FALAR DE AMOR...


Não emudeça a voz, não pare de tentar
Sou assim, difícil, inconstante,
E até te digo, pouco a pouco...
Me canso de te esperar!
Estou assim numa redoma de vidro,
Observando o tempo passar
O vento chegar ameno
O verão não se despedir
A lua ser cheia de alegria...
Entre na minha vida
Não fique assim parado, medroso,
Diga alguma palavra de amor,
Espalhe a adrenalina que sei ter
Para quebrar as vidraças dos medos.
O medo de amar é a forma mais repugnante
De alimentar "Um orgulho ferido"!

-Angel-

sexta-feira, 12 de março de 2010


SONATA DO BEIJO...

Numa música que retira tudo de ruim...
Mesmo que a tristeza se aproxime,
Mesmo que te viole o sonho sublime,
Mesmo que te sequem os beijos de ti.

Numa música qualquer assim...
Mesmo que a violência te ronde,
Mesmo que o teu medo não te abandone,
Mesmo que no susto te afaste.

Escute os sons ruidosos dos beijos...
Mesmo que saiam de lábios loucos
Mesmo que a música deles cante só saudade,

Escute os sons repetitivos dos beijos...
Aqueles sedentos de paixão, ouça-os!
Não esqueça de ouvir a lembrança dessa felicidade!


-Angel-

TROVA


DUELO ENTRE A VIDA E A MORTE

Não gosto nem de pensar
Tanto na vida, quanto na morte
Das duas deixo com a sorte
Que Deus eu deixo para resolver
Pois se as duas duelam, vou falar...

Se existe uma coisa certa
É esta tal de morte...
Entre todas coisas da vida,
Morte morrida, doída, matada,
Então, digo, com Deus, boa sorte!

Que um anjo me proteja
Enviado por Deus como uma luz divina
Num sopro de vida ou de morte,
Mas uma é coisa é ter a sina...
De nos dois duelos ganhar, boa sorte!


-Angel-

quinta-feira, 11 de março de 2010


POR QUÊ O AMOR?

Na luz de meu olhar
Um brilho estranho se faz
Quando penso te encontrar
Seria amor o que me traz?

Me transformo, eu percebo...
Fico nervosa, a adrenalina sobe,
Minhas mãos tremem, me perco,
Seria o amor realmente?

A dúvida é por quê o amor?
Renová-lo, reanimá-lo, redefini-lo?
Como esconder-se do seu fogo?

Não podemos negar o seu calor,
Queimar nesse jogo de desejo...
A razão de amar, ser amada, já diz tudo!

-Angel-

PENSAMENTOS:


-Quando estiver perdendo o controle da VIDA,
lembre-se que é DEUS agindo por você!

-Então observe uma onda e outra querendo falar coisas suaves e de amor!

-Deixe que o vento te acaricie, a mão de Deus deve está presente nele!

-Se o dinheiro comprasse um amor, saberíamos que nessa ação, não haveria o amor!

-Sou como um anjo que te toca suave, um brisa suave...O que queima é o calor de meu amor!

-As palavras que o silêncio fala, são centelhas que saem da mente, que aceleram ou moderam o nosso coração!

-Não seria egoísmo ser um SER reflexivo? Seria o limiar entre: "SER OU NÃO SER!"

-Guardo nos meus sonhos os enígmas que a vida não me pemite revelar!





-Angel-

SONHO, FLORES E ÁGUA...

Não deixe que teus sonhos...
Sejam levados para longe
Como flores numa correnteza de água,
Invista sempre no amor!

-Angel-

terça-feira, 9 de março de 2010

DIA DA POESIA- A nossa ciranda poética


Ser poeta, poetisa, contista, seresteiro, trovador, um ser de luz, todos nós que fazemos o Canto do Escritor, fica aqui convidado(a) para fazer parte nesta ciranda de alegria, de linguagem e de poesia! Sim, PARABÉNS A POESIA!

DIA DA POESIA

Hoje acordei com mil idéias
pensamentos que queria
transformar em poesia
versos luminosos
cheio de sentimentos, emoções
que voem como o vento
que sejam como beija-flores
pousando-se nas flores
borboletas multicores
inundando de alegria este dia,
dia da poesia!

-Lully-

O QUE É POESIA?

Se a poesia merece rever quem sou...
Quem sou para impedir seu desejo?
Me dou por inteira, me inspiro...
Dela minha alma tece fios
Minha verdade, minha teia,
Sou sonhos, medito, escorro...
Ah! Os sabores! Tantos ou poucos
Entre o mel e o fel que percorro
Sei, bem sei e só sei...
Que de seu beijo,eu beijo,me entrego!

-Angel-

Poesia é arte de arrebatar.
Através de versos e estrofes.
Lindos poemas expressar.
Corações e almas inebriar.

-Licia Falcão Rodrigues da Silva-



BRINDANDO A POESIA...

Ah! Viva a doce POESIA!
Energia própria da alegria
O dom maior enviado por DEUS,
Emanada, preenchendo dias meus!

-Angel-


E o que seria de nós, sem ela?
Fantasiando, inspirando, respirando,
Destilando através da visão clara...
Que só o amor pouco a pouco, é construído!

-Angel-

De ilusões, teço versos,
Para o seu amor conquistar.
De sonhos, sou um trovador,
Para o seu coração roubar.

-Rubo Medina-

Em cada verso que faço,
Me guia a luz do coração.
Em cada estrela cintilante do céu.
Pensando em ti, sou solidão.

-Rubo Medina-

Se de ilusão canto em versos
No teu céu eu viajo,
Na poesia dos encantos
Para seduzir teu desejo!

-Angel-

Mas se a poesia segue comigo
Em meus dias de solidão...
Quem serei no ininito?
Um brilho, uma estrela, a imensidão!

-Angel-

Poesia é arte de arrebatar.
Através de versos e estrofes.
Lindos poemas expressar.
Corações e almas inebriar.

-Licia Falcão Rodrigues da Silva-

BRINDANDO A POESIA...

Ah! Viva a doce POESIA!
Energia própria da alegria
O dom maior enviado por DEUS,
Emanada, preenchendo dias meus!

-Angel-


E o que seria de nós, sem ela?
Fantasiando, inspirando, respirando,
Destilando através da visão clara...
Que só o amor pouco a pouco, é construído!

-Angel-

De ilusões, teço versos,
Para o seu amor conquistar.
De sonhos, sou um trovador,
Para o seu coração roubar
.
-Rubo Medina-


Em cada verso que faço,
Me guia a luz do coração.
Em cada estrela cintilante do céu.
Pensando em ti, sou solidão.

-Rubo Medina-

Da poesia sou prisioneira
e deixo a emoção me conduzir.
a noite passa muito mais ligeira
com os versos na alma a refletir.

-Luzia-

Brincando com versos, eu faço rimas
colorindo tudo aquilo que vejo
Se sofro e choro, crio as brumas
revendo em sonhos o meu desejo

-Luzia-


O sorriso é uma forma de poesia
o amor é toda a sua composição
as lágrimas, chuvas da melancolia
a saudade, o abandono da solidão

-Gilbamar de Oliveira Bezerra-


A tristeza só destrói o coração
fazer poemas é semear fantasia
e com ela o poeta faz comunhão
pra festejar com rimas o seu dia

-Gilbamar de Oliveira Bezerra-


A lua não teria graça nem encanto
viver não seria motivo de alegria
decerto viveríamos só no pranto
não fora toda doçura da poesia

-Gilbamar de Oliveira Bezerra-


Nada pode estar mais nu do que a alma posta em uma folha ou em uma tela fria de computador... Não sei o que você pensa que vê, mas, não são só palavras, letras, caracteres.... Olhe bem, seja atento! Antes, sim, é o avesso de um ser, é o sentir no dizer... Sou eu, me revelando para você....

-Melissa Ryen-


HÁ POESIA:

Na carícia da brisa do mar
Na mansa onda que traz a concha pra praia
No farfalhar das folhas nas árvores
Na aquarela de cores do jardim
No esplendor purpúreo do pôr do sol
No brilho perolado do luar
Nas conversas mudas dos apaixonados
Nas mãos enrugadas entrelaçadas com carinho
Num singelo gesto de cortesia
No riso fácil de criança feliz
Na música dos homens e da natureza
E ...
E HÁ POESIA:
No olhar profundo de um ser carente
Na saudade eterna de quem se foi
Na esperança em meio à tristeza
Numa lágrima que teima correr
Num olhar pro alto pedindo perdão
E ...
Poesia há por aí em todo lugar. Os poetas apenas a captam, qual borboleta na rede. Com um pouco de sorte e talento, quem sabe uma borboleta azul; mas, sempre, borboletas.

-Jucouto-


Obs: Esta ciranda pode aumentar, aqui poetas, poetisas e escritores
presentes no Canto do Escritor. Obrigada a todos(as) que estão nesta homenagem ao dia da poesia!

MICROCONTOS


Piscadela

Aquela senhora viúva, chorava, ao lado do corpo do marido. Mas de vez em quando piscava para o enfermeiro que ficou ao lado dele até o fim.

-Angel-


É ali, ali, ali...

O povo da fila do banco fazia até promessa para aquela mulher espalhafatosa, seus gestos e seu filho barulhento, saissem correndo.Ali,ali..

-Angel-



GAGUEIRA

O rapaz era tão gago que escrevia e até digitava do mesmo modo que falava... Reticente... Reticente...

-Angel-

MELANCOLIA, NÃO...

O dor que sinto no peito
Estreita minha garganta
Pressente a voz do não, se agiganta!

-Angel-

sábado, 6 de março de 2010


SALTO DE MULHER

De canto a canto, meus monólogos
Os distantes e até os próximos
A voz é aveludada de batom
Lábios sedosos, cor carmim.

Sou assim, uma figura
Claramente doce e meiga
Brejeira de nascença
Flor encanto de mulher, é natureza!

Em meus devaneios
Paro, fixo, em olhos certeiros
No mar, no ar, no foco do fogo
Do facho de fogo, no amor, meu perigo!

Viajo, me liberto, libero
Os amores sem fim
E por quê eu atiço?
Seria o fascínio que exerço por mim?

E assim feito um ioiô...
De salto alto e baixo
Ando por caminhos e busco
Um amor que realmente mereço.

Bato, toco, tilinto de salto
Uma poeira de fica de canto
Pois nas idas e vindas do meu laço
Enlaço um amor, coladinho, que é como gosto!

-Angel-